Prefeitura e Câmara discutem reflexos do Decreto Estadual que endurece medidas contra a Covid-19

Publicado em

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on pinterest
Pinterest

As medidas estabelecidas pelo Decreto Estadual Nº 15.638 entraram em vigor nesta sexta-feira, 26 de março, em todo o Mato Grosso do Sul. No mesmo dia, a Prefeitura de Corumbá e a Câmara de Vereadores debateram os impactos das determinações no combate à Covid-19 e também no comércio local, bastante afetado pelas restrições de funcionamento. O encontro foi realizado no período da tarde no auditório do Paço Municipal.

Representando o Executivo, participaram o vice-prefeito Dirceu Miguéis Pinto, o secretário de Governo, Eduardo Iunes, o secretário de Saúde, Rogério Leite, o procurador-geral do Município, Alcindo do Valle Júnior, o secretário de Relações de Políticas de Governo, Luiz Antônio da Silva, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Cássio Costa Marques, e assessor especial Elbio dos Santos Mendonça e o chefe do Setor de Postura e coordenador do Grupo de Fiscalização Integrada (GFI), Luciano Cruz.

Representando o Legislativo municipal, estiveram o presidente da Câmara, Roberto Façanha, o primeiro vice-presidente, Manoel Rodrigues, o primeiro secretário Elinho Verde Fruti, o segundo secretário Qualhada Samyr, e os vereadores Allex Dellas e Alexandre Vasconcellos.

Fotos: Renê Marcio Carneiro

Representando o prefeito Marcelo Iunes, Dirceu Miguéis Pinto abriu a reunião parabenizando os vereadores pela agenda e pelo desempenho neste início de legislatura. “Nunca passamos uma fase tão difícil como está. Só a união nos trará uma saída dessa situação tão preocupante”, afirmou o vice-prefeito.

Roberto Façanha observou que Corumbá, apesar de todos os óbitos infelizmente provocados pelo novo Coronavírus, tem realizado um bom trabalho desde o início da pandemia. “Comparados com muitas outras cidades do Estado, estamos em melhor situação graças medidas tomadas lá atrás. Isso dá a cidade até de receber pacientes de outros municípios”, pontuou.

No entendimento do vereador, o Decreto Estadual não levou em consideração o atual cenário de Corumbá, que há mais de uma no tem conseguido manter o comércio em funcionamento e evitando a proliferação da doença com medidas eficientes de biossegurança. “A gente sabe que o prefeito não pode fazer nada com relação a esse decreto, mas a Prefeitura deve buscar meios de matar a fome dessas pessoas que estão necessitadas”, completou.

Na oportunidade, o procurador-geral do Município explicou porque foi delimitado o período de funcionamento dos mercados, supermercados e hipermercados da cidade. “No Decreto Estadual, eles podem, desde que tomadas uma série de cuidados, ficarem abertos 24 horas, mas sabemos que na cidade hoje nenhum comércio funciona neste período. Por isso foi decretado que eles podem ficar abertos até às 21h nos dias de semana e sábado e no domingo até às 18h”, explicou Alcindo.

Fotos: Renê Marcio Carneiro

Rogério Leite, por sua vez, apresentou todos os esforços feitos pelo Executivo desde fevereiro do ano passado e provou que, apesar da taxa de contágio ter aumentado neste ano, a quantidade de internações tem diminuído na região. “Em 2020 tivemos 6.722 casos de Covid-19 em Corumbá e 845 internações, ou seja, 14,57% dos casos positivos”, detalhou o secretário municipal de Saúde, mostrando que a medida nacional, conforme mostra o Ministério da Saúde, é de 15% a 20% de internações.

“Em média, a Central de Covid atende 355 pessoas por semana. Na UPA e o Pronto Socorro, são mais 1500 doentes, aproximadamente, sendo tendidos semanalmente com suspeita de Covid. Em 2021, até ontem (25), tínhamos 4065 casos confirmados, um aumento grande refletido em todo o Brasil no mesmo período, e fizemos 292 internações, que presenta 7,28% dos casos”, apontou o secretário.

Rogério explicou também que a decisão do prefeito Marcelo Iunes de continuar custeando os leitos de UTI Covid mesmo sem a contrapartida do Governo Federal foi acertada. “Temos exemplos de cidades aqui no Estado que fecharam esses leitos e hoje estão com o sistema em colapso. Foi graças a esses leitos pagos pela Prefeitura que o Município não precisou adotar medidas mais duras e conseguiu deixar o comércio funcionando durante toda a pandemia”, finalizou.

O secretário de Saúde também explicou os critérios técnicos do Governo Federal para distribuição das vacinas e o funcionamento do Drive trhu e da busca ativa realizada pelas equipes da Secretaria. Sobre a aquisição de vacinas por parte do Município, o assessor especial Elbio Santos apresentou todos os passos tomados até aqui pelo consorcio aderido pela Prefeitura corumbaense.

“No dia 22 houve uma reunião virtual para aprovação do estatuto desse consórcio e no próximo dia 29 teremos outro encontro para definir a diretoria-executiva. A partir disso haverá embasamento legal para que as vacinas possam ser buscadas no mercado. A previsão do consórcio é de adquirir 20 milhões de doses que serão repassadas às cidades conforme os critérios do Plano Nacional de Imunizações. Acreditamos que até julho essa vacinas estejam disponíveis à população”, disse.

Os vereadores Alexandre Vasconcelos, Alex Dellas, Elinho Verde Fruti, Manoel Rodrigues e Samyr Qualada também fizeram uso da palavra e, em geral, demonstraram preocupação com as aglomerações que podem ocorrer nesta semana de comércio fechado e com a saúde financeira dos comerciantes locais.

Mais Artigos

Desenrola superou expectativas, diz Lula

Em meio à segunda semana de execução do Desenrola Brasil, que permite renegociação de dívidas para que as pessoas limpem o nome e retomem a capacidade de consumo,