Manutenção urgente da calha de navegação do Rio Paraguai está sendo solicitada pelo vereador Chicão Vianna, junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT); ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), e ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul por meio dos órgãos competentes.
A reivindicação foi feita por meio de uma indicação apresentada durante sessão ordinária da Câmara Municipal de Corumbá, oportunidade em que o vereador expressou preocupação com a situação atual do Rio Paraguai, “que se encontra completamente assoreado, um problema que tem afetado gravemente a navegação e, consequentemente, a economia local e regional”.
Relatou as dificuldades enfrentadas, ano após ano, pela frota de empurradores e barcaças de minério, fertilizantes e grãos, inclusive os provenientes da Bolívia, e que existem vários pontos com bancos de areia ao longo da calha de navegação, um obstáculo significativo para as operações.
TRANSPORTE EFICIENTE
“Acreditamos que a manutenção urgente da calha de navegação é necessária para garantir a segurança e a eficiência do transporte fluvial. A via fluvial do Rio Paraguai é de vital importância não apenas para nosso estado, mas também para toda a América do Sul. Portanto, a ineficiência em resolver essas questões tem um impacto muito além de nossas fronteiras locais”, observou.
Disse que a dificuldade de navegação afeta a eficiência do transporte de mercadorias, levando a atrasos e aumento dos custos operacionais, que pode resultar em preços mais altos para os consumidores e uma diminuição da competitividade dos produtos no mercado global.
“Além disso, a situação atual pode desencorajar novos investimentos na região, prejudicando o crescimento econômico a longo prazo. Empresas que dependem do transporte fluvial podem optar por fazer negócios em outras regiões onde a navegação é mais confiável”, acrescentou.
Considerou anda impactos que a situação atual pode causar à indústria do turismo. “O Rio Paraguai é uma atração turística importante e a presença de bancos de areia pode desencorajar o turismo na região, resultando em perda de receita. Portanto, a manutenção da calha de navegação não é apenas uma questão de eficiência do transporte, mas também uma questão de sustentabilidade econômica”.
IMPACTO SETORIAL
O assoreamento do Rio Paraguai tem um impacto particularmente devastador em certos setores. A mineração, por exemplo, é o setor mais afetado. A dificuldade de navegação impede o transporte eficiente de minérios, o que pode levar a atrasos significativos e perdas financeiras, sem contar o aumento considerável de bitrens, colocando a vida das pessoas em constante perigos.
Além disso, o setor de importação de combustíveis, ureia e fosfatos também sofre com a situação atual. A ineficiência do transporte fluvial pode resultar em custos operacionais mais altos, o que pode, por sua vez, levar a preços mais altos para os consumidores.
A pecuária, um setor vital para a economia local, também é afetada. O transporte do gado e de produtos pecuários pelo Rio Paraguai é crucial para o setor, e qualquer interrupção pode ter consequências graves.
“Portanto, é de extrema importância que medidas sejam tomadas para resolver o problema do assoreamento do Rio Paraguai. A manutenção da calha de navegação não é apenas uma questão de eficiência do transporte, mas também uma questão de sustentabilidade econômica para esses setores vitais”, reforçou.
IMPACTOS AMBIENTAIS
O vereador citou que o assoreamento é também uma questão ambiental de grande importância, que pode levar à perda de biodiversidade, alterando o habitat aquático e afetando adversamente a vida aquática.
“Além disso, o assoreamento pode levar à diminuição da qualidade da água, o que pode afetar a saúde humana e a vida selvagem. Também pode contribuir para a ocorrência de inundações, pois reduz a capacidade do rio de transportar água durante períodos de chuva intensa”, finalizou, pedindo aos órgãos competentes a adoção de medidas imediatas para solucionar o problema.
AMBULANCHA
Chicão busca ainda informações a respeito dos motivos pelos quais a cidade, até o presente momento, não conta com unidades aquáticas de atendimento médico, conhecidas como ‘Ambulanchas’ para atendimento à comunidade pantaneira
A cobrança foi feita direto ao prefeito Marcelo Iunes tendo em vista que o Ministério da Saúde disponibilizou ao Município, duas embarcações de atendimento à saúde para transitarem no alto e no baixo pantanal, além de uma embarcação para atendimento do SAMU.
“No entanto, até o momento, não se vê em nossa região esse tipo de serviço como apoio dessas embarcações. Por isso mesmo estamos buscando informações para saber se há o interesse do Executivo Municipal em receber as embarcações”, cobrou.