O Grupo de Apoio à Adoção Pantanal (GAAP) surgiu em Corumbá no ano de 2016. É uma instituição que conta com o trabalho de voluntários pela causa da adoção, procurando garantir que as crianças e adolescentes possam ter um convívio familiar e comunitário.
Um dos abnegados da causa é o coordenador do grupo, Cleverson Gonçalves da Costa, chefe de uma família que possui uma linda história de vida: ele, a esposa Laura Costa, e a alegria do casal, Luiz Antônio.
No encontro de ontem com os vereadores corumbaenses, ele elogiou o trabalho da Casa de Leis que em 2019, por meio do vereador Manoel Rodrigues, apesentou um Projeto de Lei instituindo o Dia Municipal da Adoção e Acolhimento, transformada na Lei Municipal nº 2.672 em 10 de maio do mesmo ano.
“A Semana Municipal da Adoção é um instituindo em nosso município onde temos a oportunidade de levar a sociedade corumbaense a refletir a respeito de um tema tão importante que é adoção, e que infelizmente é desconhecido por muitas pessoas de nossa cidade”, relatou.
“Com a criação desta lei, somos levados como sociedade, a uma reflexão sobre as motivações para uma filiação adotiva, trabalhar medos, frustrações, expectativas, ansiedade, preconceitos e demais situações que surgirão ao longo do caminho nesse processo, que é um tempo de autoconhecimento e preparo, temas amplamente trabalhados pelos grupos de apoio”, continuou.
DATA ESPECIAL
Cleverson classificou o dia 25 de maio como “uma data muito especial para todos nós integrantes dos Grupos de Apoio à Adoção que existem em nosso país, o Dia Nacional da Adoção. Quando nós, pais e mães falamos em adoção, também falamos de amor, o amor da pessoa que quer vivenciar a maternidade, a paternidade. Do amor da criança e do adolescente que quer vivenciar a experiência de ser acolhido como verdadeiro filho. Também falamos de uma gestação que acontece em nossos corações, são momentos de alegria, espera, esperança e busca de autoconhecimento”, disse, emocionado.
Destacou que a data a ser celebrada amanhã, lembra que no Brasil, crianças e adolescentes que se encontram abrigadas, passam a ter a possibilidade de se fazerem pertencentes a uma família, “aliás, conforme está previsto no ECA, em seu artigo 19, toda criança tem direito a uma família, quer seja a sua família natural ou substituta”.
Classificou a adoção como “o encontro de duas histórias que passarão a escrever um novo capítulo em suas vidas, gerando novas memórias afetivas em seus corações aquecidos, pois há a união de pessoas que querem ser pais, mães com as nossas crianças, nossos adolescentes que almejam estarem inseridos no seio de uma família”.
Por experiência própria, Cleverson afirmou que a adoção envolve muitos fatores e muitos personagens que trabalham em prol da formação deste novo núcleo familiar. “No mundo da adoção falamos que os partos podem ser normais, cesarianos e judiciais. Sim, o Fórum também é uma maternidade, onde contamos com os agentes que conduzem todo esse processo, como os técnicos, promotores e juízes que trabalham para o bem maior de nossas crianças e adolescentes, como o Dr. Maurício. E do outro lado da linha de frente, contamos com a participação dos voluntários dos Grupos de Apoio (GA), que lutam por adoções legais e para sempre”.
Finalizou dizendo se sentir feliz, como pai do coração, em saber que existem pessoas abnegadas em cuidar das crianças e adolescentes nas casas de acolhimentos. “São servidores comprometidos com o bem-estar destes jovens brasileiros. Meu filho foi contemplado com esse cuidado tanto no acolhimento quanto em seu processo de adoção que culminou em um momento único de alegria e amor para a nossa família, que foi a sua chegada para nós, como falamos na adoção, o seu nascimento para nós”, concluiu.