Após a SES (Secretaria Estadual de Saúde) manifestar ser favorável ao cancelamento do ponto facultativo de Carnaval, o Governo do Estado optou por cancelar o “feriadão” que aconteceria entre os dias 15 e 17 de fevereiro. O decreto oficializando a decisão deve ser publicado ainda nesta quinta-feira (28).
Conforme explicou o secretário Geraldo Resende, houve uma recomendação para que o ponto facultativo não acontecesse, para evitar aglomerações e que moradores deixem suas cidades e até visitem outros estados da federação, correndo o risco de propagação de nova cepa do vírus.
“Recomendamos, junto com uma justificativa, e o governador em exercício deverá decretar. Um feriado prolongado agora só servirá para levar mais aglomerações. Lá atrás, desde a primeira onda, passamos por isso”, pontuou o secretário.
Apesar de não haver eventos de Carnaval tradicionais, como desfiles de blocos e de escolas de samba, a preocupação está com a forma com a qual a população aproveitaria a possível folga: eventos particulares (muitos com número de pessoas bem acima do autorizado), viagens a passeio e outros meios de aproveitar a folga de 5 dias (que se inicia já na noite de 12 de fevereiro, uma sexta-feira) com aglomerações.
Resende esclarece que os pontos facultativos e feriados de 2020 serviram para contribuir para o avanço da pandemia em MS. “Foi assim no dia das mães, feriado prolongado de Nossa Senhora Aparecida e Divisão de Estado, Natal e Ano Novo”, disse.
No último domingo (24), o secretário comentou que as festas de fim de ano deixou uma “lição”, pois reuniões e festas tiveram influência no aumento no número de casos da Covid-19. “Desde o Natal percebemos que a taxa de contágio e de novos casos aumentou. E depois de 14 dias soubemos que pagamos o preço pelo recesso do fim de ano”, lamentou Geraldo na ocasião.
A Prefeitura Municipal de Campo Grande informou, por meio da assessoria de comunicação, que quando houver uma decisão sobre o ponto facultativo, será publicado em Diário Oficial. A SES foi acionada e deverá encaminhar nota à imprensa diante do cancelamento do ponto facultativo.