A Fundação Internacional de Comunicação (FIC), que controla TVs, rádios e outros veículos do pastor R.R. Soares, está sob a mira da Justiça. A instituição do líder da Igreja Internacional da Graça foi obrigada pela Justiça do Trabalho a mudar imediatamente o tratamento que dá aos funcionários das emissoras da casa.
Os trabalhadores acusam a emissora de preconceito e intolerância com aparência e orientação sexual, além de gordofobia e assédio moral. A queixa foi feita junto ao Ministério Público. Como esta coluna antecipou em agosto, há queixas também de instalação de câmeras em locais impróprios na RIT TV. Se a RIT TV descumprir qualquer uma das exigências da Justiça, pode levar multa diária de de R$ 30 mil, mais R$ 1.000 por cada funcionário que mostrar ter sido prejudicado, assediado ou ridicularizado pela direção. Teve chance de acordo Antes de pedir uma ação penal contra a fundação do pastor Romildo Ribeiro Soares, o Ministério Público do Trabalho propôs a ela um TAC.
O Ministério Público pediu abertura de uma ação civil pública contra a RIT, emissora de TV aberta da Igreja Internacional da Graça, do pastor R.R. Soares. A direção da emissora foi acusada, por funcionários descontentes, de assédio moral, psicológico e abuso de poder, além de imposição de padrão físico (gordofobia) e orientação sexual (homofobia). A direção da RIT nega. O processo PP 001705.2022.02.000/7 mostra que os procuradores do MPT passaram meses ouvindo testemunhas e recolhendo provas. Decidiram pelo pedido para abertura da investigação. A direção da RIT TV disse à coluna que também deseja a investigação, “para que seja comprovado que nada disso é verdade”. O MPT chegou a sugerir um acordo de “ajustamento de norma de conduta”, mas o diretor da emissora, Kalled Adib (ex-RedeTV), afirma que se recusou a assinar. “Isso seria uma admissão de culpa”, afirmou a esta coluna. Na investigação do MP há relatos de coação contra funcionários, advertências supostamente indevidas e abuso de poder em caso de demissões.
Sobre as acusações de homofobia e imposição de padrão estético aos funcionários, Kalled Adib declarou: “Não tenho nenhuma ordem para criticar ou vetar por orientação, proibir “piercing”, tatuagem etc. Eu mesmo tenho uma bandeira do Líbano tatuada”. Apesar do pedido feito pelo MPT, é a Justiça do Trabalho que vai decidir pela investigação ou arquivamento. Em janeiro, como esta coluna informou com exclusividade, o pastor R.R. Soares montou uma nova redação para sua equipe de TV, após queixas de más condições de trabalho. Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops… – Veja mais em https://www.uol.com.br/splash/noticias/ooops/2022/08/10/mpt-pede-acao-contra-tv-de-pastor-por-suspeita-de-assedio.htm?cmpid=copiaecola