Moradores de Campo Grande que buscam atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica esbarram na falta de medicamentos para dar início ao tratamento de suas doenças e acabam tendo que tirar do próprio bolso para comprar remédios. Para quem tem o dinheiro contado para passar o mês, o gasto extra traz mais preocupação e até impacta os tratamentos.
Com o filho de 16 anos com garganta inflamada e com febre, Juciliana Arantes, de 46 anos, desembolsou R$ 27 em uma farmácia em frente à UPA.
“Eu acho uma sacanagem porque a gente paga um monte de imposto. Eu ainda tenho recursos e quem não tem? Ficaria sem tomar e não melhoraria de jeito nenhum”, reclama a protética ao Jornal Midiamax.
Dos remédios que o médico receitou após a consulta, a Prednisona estava em falta. Por isso, precisou recorrer a uma farmácia. Mas quem não tem de onde tirar para comprar medicamentos simples, como uma dipirona, precisa contar com os próprios anticorpos para se tratar.
Outra mãe de 48 anos disse queestava com as duas filhas saindo da UPA para comprar um outro medicamento na farmácia. Ela precisava de Amoxilina, mas o medicamento também estava em falta.
“É complicada a situação e agora vou ter que ir atrás de alguma farmácia para comprar”, diz à reportagem. A caixa do remédio pode variar entre R$ 20 e R$ 40. Esses medicamentos deveriam ser oferecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Sesau
Em nota, a Sesau esclareceu que a previsão de entrega de Amoxicilina 500mg comprimido é para esta semana. Já a Prednisona comprimido está disponível em toda a rede pública.
“O que pode ter ocorrido é uma falta pontual. Ao menos 50 itens que estão empenhados de processos em andamento devem ser entregues a longo do mês, entre medicamentos que estão em falta e de reposição”, destaca a nota.
A Sesau ressalta que tem adotado diversas medidas para dar mais celeridade na regularização do fornecimento de medicamentos e insumos. Conforme a pasta, as faltas pontuais decorrem do atraso na entrega por parte do fornecedor, ausência de matéria-prima no mercado, bem como entraves de ordem burocrática nos processos de aquisição.Essa não é a primeira vez só no ano de 2024 que pacientes enfrentam a falta de medicamentos.