Campo Grande vive nova onda de dengue, com aumento de 20% no número de atendimentos em unidades de saúde por conta da doença no último mês, segundo levantamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Ainda conforme o município, são 8 bairros que dominam o ranking de incidência da doença, com índices considerados muito altos.
Conforme a Prefeitura de Campo Grande, os bairros com índices mais altos de dengue são: Caiobá, Chácara dos Poderes, Los Angeles, Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), Jardim Noroeste, Nova Lima, Tijuca e Tiradentes.
Os números são alarmantes: de 1º de janeiro a 12 de abril, por exemplo, foram notificados 6.184 casos de dengue e duas mortes provocadas em decorrência da doença em Campo Grande. No mesmo período do ano passado, o número de casos foi um pouco menor: 6.067. Porém, os óbitos foram o dobro do registrado neste ano.
Diante deste cenário, o Comitê Municipal de Combate ao Aedes aegypti, se reúne na terça-feira (18) para discutir a situação na Capital, bem como ações estratégicas para barrar o avanço da dengue.
Em nota, a prefeitura afirma que está tomando ações para reduzir as notificações como a Operação Mosquito Zero, o programa ‘Colaborador Voluntário’ e o projeto Wolbachia.
Somente na operação ‘Mosquito Zero’, o município afirma ter inspecionado mais de 55,3 mil imóveis em pouco mais de cinco meses. No total, os cerca de 300 agentes de endemias eliminaram 39 mil depósitos e 2,6 mil focos da doença.
Ferramenta prevê incidência de mosquitos-da-dengue
Plataforma virtual promovida pela SC Johnson, e que já está funcional no Brasil, inclusive nas cidades de Mato Grosso do Sul, promete ‘prever’ a incidência de mosquitos-da-dengue por cidade e os números para Campo Grande não são nada animadores.
E os indicadores são, aparentemente, condizentes com a realidade de cidades de Mato Grosso do Sul. Isto é, cruzando a incidência da doença com as cidades pesquisadas pela reportagem na plataforma, os dados do OFF!Cast parecem confiáveis.
Na capital Campo Grande, cidade que lidera o total de casos de dengue em MS, a previsão é alta para mosquitos até quarta. Detalhe: na terça-feira (18), no entanto, o índice é previsto como “grave”.
MS tem 16 mortes em quatro meses
Mato Grosso do Sul registra 16 mortes por dengue em 2023, sendo quatro em abril. Março foi o mês mais letal da doença em Mato Grosso do Sul, totalizando oito mortes. Em fevereiro foram três vítimas e em janeiro mais uma.
As últimas mortes confirmadas foram de uma adolescente de 17 anos, moradora de Ribas do Rio Pardo e que morreu no mesmo dia em que os sintomas começaram. Um homem de 46 anos e com histórico de doença autoimune é outra vítima da dengue. Ele morava em Brasilândia.
Um homem de 59 anos e que tinha diabetes foi outra vítima da dengue em Ivinhema. E, em Dourados, uma mulher de 81 anos morreu em decorrência da doença. Ela tinha hipertensão arterial.