Cerca de 625 pessoas sofreram intoxicações por agrotóxicos nos 3 estados do Centro-Oeste e no Distrito Federal (DF). Além disso, 16 pessoas morreram nos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em Mato Grosso do Sul, 4 pessoas morreram e 279 sofreram intoxicações por agrotóxicos. No Mato Grosso, foram 276 intoxicados por agroquímicos e 3 morreram. Em Goiás foram 752 intoxicações e 8 mortes. Já no Distrito Federal (DF), foram 70 intoxicações e 1 morte registrada.
Os dados constam na reportagem especial da Agência Brasil e Repórter Brasil. Os dados foram coletados no DataSUS, do Ministério da Saúde, até março de 2022.
Em todo o Brasil, mais de 14 mil sofreram intoxicações por agrotóxicos na gestão bolsonarista. Essas intoxicações levaram a 439 mortes no período.
Ao longo do atual governo, o Brasil bateu recorde de aprovações de pesticidas, com mais de 1.800 novos registros, metade deles já proibidos na Europa. O governo também foi marcado pelo avanço na tramitação do Projeto de Lei 1459/2022, apelidado de “Pacote do Veneno”, que pode facilitar ainda mais a aprovação dessas substâncias.
Os pesticidas levaram a morte uma pessoa a cada 3 dias. A cidade que mais registrou intoxicações foi, Recife, capital de Pernambuco: 938 intoxicações.
Em relação à população, Rio do Campo, em Santa Catarina, teve mais casos: 61 casos para 5.864 habitantes.
A região Sul é recordista em intoxicações — 9 das 10 cidades com mais casos em relação à população estão no Sul. Eis a lista:
PR: Coronel Domingos Soares, Braganey e Nova Santa Rosa;
SC: Rio do Campo;
RS: Dom Feliciano, Alpestre, Barros Cassal, Estrela velha e Nova Boa Vista.
Apesar de estarem sistematizados e acessíveis, os dados sobre intoxicações são subnotificadas, e estima-se que para cada uma registrada, 50 não ocorram.
Mato Grosso é um exemplo: o estado tem poucos registros, mas é onde mais se usa agrotóxicos.
Plantações de soja são a lavoura com mais registros de intoxicações. Eis o gráfico: