Psoríase! Se você tem esses sintomas fique atento

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29/10 é o Dia da Conscientização da Psoríase, doença crônica, imunomediada e não contagiosa que atinge cerca de 2,6 milhões de brasileiros, em sua maioria, pessoas de ambos os sexos, de 20 a 40 anos.

Ela pode estar ligada ao desenvolvimento de diversas comorbidades, como doenças cardiovasculares, AVC, doenças inflamatórias intestinais, além de depressão e ansiedade, entre outras. Por isso, a importância do diagnóstico precoce, tratamento adequado e cuidado multidisciplinar do paciente. A psoríase também gera desconforto evergonha por conta das lesões aparentes na pele.

Abaixo seguem mais informações sobre a doença, jornada do paciente, diagnóstico e tratamento. Temos especialistas e pacientes disponíveis para entrevistas.

Estamos à disposição,

Psoríase pode estar ligada a diversas comorbidades e se manifesta de maneira moderada a grave em cerca de 20% dos pacientes

Doença que atinge cerca de 2,6 milhões de brasileiros é grave e marcada por lesões na pele que geram desconforto e vergonha. Não subestimar os sintomas, buscar pelo diagnóstico precoce e pelo tratamento adequado são condutas fundamentais alerta especialista

Prurido, dor, ardor, sensação de queimação, espessamento da pele e lesões[1]. Esses são os principais sintomas da psoríase, doença crônica, sistêmica, imunomediada, não contagiosa e incapacitante que atinge, em sua maioria, pessoas jovens – de 20 a 40 anos – em plena idade produtiva. A psoríase dificulta as atividades do dia a dia, a rotina do trabalho, os momentos de lazer e as relações sociais. As lesões expostas geram vergonha em relação ao corpo, e a dor em áreas sensíveis como solas e palmas gera desconforto. Bullying, isolamento social e discriminação também são comuns devido à manifestação visível da doença. Em outubro acontece o Dia da Conscientização da Psoríase (29/10), data importante para reforçar a importância do diagnóstico precoce e que, apesar de ser uma doença grave, a psoríase tem tratamento. É possível aliviar a jornada desafiadora do paciente, diminuir significativamente os sintomas e oferecer mais qualidade de vida.

A psoríase se desenvolve a partir da liberação de substâncias inflamatórias pelos linfócitos T (responsáveis pela defesa do organismo) que ativam uma cascata de reações que levam ao aparecimento de lesões na pele mais comumente na forma de placas, caracterizadas por lesões elevadas, avermelhadas e descamativas. “Com o tratamento adequado esse curso inflamatório é interrompido levando à consequente melhora dos sintomas”, alerta Dr. Daniel Nunes, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e professor de Dermatologia da UFSC. Essa inflamação sistêmica pode repercutir ainda em outras regiões do corpo. Até 30% dos pacientes com psoríase podem apresentar artrite psoriásica, por exemplo, outra manifestação da doença que caracteriza-se pela inflamação nas articulações afetando dedos das mãos e dos pés, coluna, joelhos, tornozelos e quadris.

Causas e Sintomas

O surgimento dos sintomas é imprevisível, podendo ter gatilhos ambientais além de fatores genéticos contribuindo para o aparecimento da doença. “A psoríase é causada por predisposição genética associada a fatores externos e comportamentais como infecções bacterianas e virais e estresse emocional. Os principais sintomas da psoríase em placas, a forma mais comum da doença, são lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos”, explica Dr. Daniel.

Comorbidades são comuns

É importante destacar que quando falamos de psoríase não estamos falando apenas de uma doença de pele, estamos falando de uma doença sistêmica. “Isso quer dizer que ela afeta todo o corpo humano, ao invés de apenas um órgão ou região, e causa efeitos variados. Por isso, ela também está associada a múltiplas comorbilidades”, afirma o especialista. Mais de 50% dos pacientes com psoríase apresentam uma ou mais comorbidades. Entre elas estão a própria artrite psoriásica, as doenças inflamatórias intestinais, depressão, ansiedade, doença hepática gordurosa não alcoólica, doença renal crônica e aumento do risco de doenças cardiovascular relacionado a obesidade, diabetes e hipertensão arterial. Por isso a abordagem multidisciplinar é fundamental. Isso mostra mais uma vez a importância do diagnóstico precoce, a busca pelo especialista correto e a escolha do tratamento adequado desde a descoberta dos primeiros sinais da doença.

Psoríase e saúde mental

Além das diversas comorbidades que geram piora na qualidade de vida dos pacientes, a desinformação e o preconceito acabam gerando um estigma social muito presente. A combinação dos sintomas físicos e o impacto do estigma afetam a autoestima e a qualidade de vida do paciente em suas atividades diárias. Ela pode impactar a saúde emocional, os relacionamentos e o modo como esse paciente lida com o estresse. Pode até afetar áreas da vida que ele não esperaria, como as roupas que escolhe usar.

Tratamento adequado

Entre as terapias disponíveis estão as medicações tópicas (cremes e pomadas) e fototerapia (banhos de luz), as medicações orais, e os medicamentos biológicos. Como opção terapêutica para os pacientes que apresentam psoríase de moderada a grave, cerca de 20% deles, os imunobiológicos chegaram como um grande avanço no tratamento da doença. Eles atuam em alvos específicos envolvidos no processo inflamatório, amenizando os sinais e sintomas dessa doença.

Esses medicamentos são produzidos a partir de organismos vivos por meio de processos biotecnológicos. “Atualmente, é possível produzir medicamentos biológicos de atuação altamente específica. Os chamados anticorpos monoclonais, por exemplo, funcionam de forma dirigida contra alvos específicos da psoríase, diferente de outros medicamentos”, explica o dermatologista, e finaliza “busque informações de qualidade sobre a doença e tenha um diálogo aberto com o seu médico para persistir na busca pelo tratamento mais adequado, seguro e eficaz para a fase em que a sua doença se encontra. Assim é possível conquistar mais qualidade de vida”.


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