‘Capitã cloroquina’ foi nomeada ‘goela abaixo’ por Mandetta

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Apelidada de ‘capitã cloroquina’, a médica Mayra Pinheiro foi nomeada no Ministério da Saúde ainda durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta. No entanto, a escolha foi enfiada ‘goela abaixo’ tanto para o ex-ministro quanto para o corpo técnico da pasta, que cansou de reclamar da postura da médica.

As informações são da coluna Painel, da Folha de S. Paulo. No time de Eduardo Pazuello, Mayra ficou conhecida como principal nome do Ministério da Saúde por trás das incessantes recomendações de remédios sem eficácia contra a covid-19, como hidroxicloroquina e cloroquina.

Ela seria a idealizadora da força-tarefa para incentivar o uso dos medicamentos em Manaus, dona do ofício que afirma ser inadmissível deixar de prescrever essas drogas e também estaria nos bastidores do TrateCov, página na internet que orienta a administração de cloroquina e antibióticos até para dor de barriga de bebê

Mandetta nomeou a médica na Secretária de gestão do Trabalho e da Educação na Saúde em 2019. Segundo o jornal, ele foi pressionado pela ala ideológica do governo de Jair Bolsonaro, que recebeu apoio, durante as eleições, dessa ala politicamente mais radical, à direita, da medicina brasileira.

O ex-ministro do DEM diz que sempre a considerou tecnicamente inferior aos demais e, por isso, deu poucas atribuições para a profissional. Ainda, que todos os projetos passados a ela eram em parceria, para que fosse monitorada. Mesmo assim, ela seria o ‘terror’ dos secretários de Saúde.

Encarregada de liderar ações do governo federal em Manaus, Mayra diz ser representante de Pazuello e defende explicitamente o uso da cloroquina, “a despeito da imprensa”. Em maio, chegou a declarar que profissionais de saúde que se recusassem a disponibilizar cloroquina para seus pacientes poderiam ser julgados por omissão de socorro.

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