Em quase 90% dos casos, as aves têm o ligamento rompido e não consegue mais voar
Somente em 2022, um total de 19 aves feridas por linhas de pipa com cerol precisaram ser atendidos pela Fundação do Meio Ambiente do Pantanal. A média de atendimentos de aves com esse tipo de ferimento é de 3 a 4 por mês.
A diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Ana Cláudia Moreira Boabaid, a ave não consegue detectar a linha de pipa durante o voo, pois se trata de um material muito fino.
O resultado do acidente é um corte profundo, geralmente nas asas dos animais, parecido com um corte a laser. Em quase 90% desses casos, o material atinge um ligamento da asa responsável pelo voo e, uma vez rompido, condena o animal a nunca mais voltar a voar na vida.
Quando ocorre um acidente, os animais são resgatados pelo Corpo de Bombeiro ou pela PMA (Polícia Militar Ambiental) e encaminhados para a Fundação do Meio Ambiente do Pantanal para receberem os primeiros atendimentos.
Dentre as espécies mais afetadas estão: Urubu, maritaca, arara, papagaio, piriquito e tucano. Os danos irreversíveis ou a morte dessa aves, causam desequilíbrio ecológico.
O uso do cerol é considerado crime penal capitulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais.
Em caso do uso do cerol por crianças ou adolescentes, estes podem ser apreendidos e encaminhados às autoridades competentes. Já o adulto que fizer uso do cerol será conduzido, junto ao material, até a autoridade judiciária, podendo até mesmo ser preso.