Falta de alimentos, desequilíbrio, risco de extinção: como as queimadas afetam os animais do Pantanal

Publicado em

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on pinterest
Pinterest

Relatório do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) aponta também mudanças nos padrões de comportamento e migrações de animais. Documento foi anexado a inquérito da PF que investiga fazendeiros suspeitos de iniciarem incêndios no bioma.

As queimadas no pantanal devem gerar impactos diretos e indiretos no bioma, incluindo falta de alimentos, desequilíbrio ambiental e risco de extinção de animais. É o que afirma um relatório do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).

O documento foi anexado ao inquérito da Policia Federal que investiga quatro fazendeiros por suspeita de iniciarem os incêndios que destruíram mais de 25 mil hectares do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. O Instituto Homem Pantaneiro é responsável pela gestão de algumas reservas da Serra do Amolar, região considerada a mais preservada do Pantanal.

De acordo com o documento, assinado pela doutora em Ecologia e Conservação Letícia Larcher e pelo médico veterinário Diego Viana, os animais do bioma podem sofrer com a exposição de predadores, alteração de fauna, flora e alimentos, além de terem mudanças nos padrões de comportamento, migrações e na estrutura alimentar no ecossistema. Algumas espécies ainda podem ter o risco de extinção ampliado.

Larcher, que também é coordenadora técnica do IHP, explica que o Instituto recebeu um ofício da PF para ser anexado ao processo, pedindo algumas respostas sobre o Pantanal.

“O fogo afeta tanto fauna quanto flora, de formas diferentes. Queimadas nas proporções que tivemos neste ano alteram o habitat”, afirma Larcher.

Mais Artigos