A prefeitura de Campo Grande confirmou que nas últimas 24 horas, seis pessoas com sintomas de Covid-19 morreram em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na capital. De acordo com o órgão, “os pacientes têm chegado, em sua maioria, em estado muito agravado” às unidades de saúde.
Morreram duas pessoas na UPA Universitário, duas na UPA Vila Almeida, uma no Centro de Recuperação Social (CRS) do bairro Aero Rancho e um óbito no UPA Coronel Antonino.
Por meio de nota, a prefeitura de Campo Grande explicou que “durante o atendimento são realizados os procedimentos necessários para a estabilização do quadro de saúde dos pacientes, resultando, muitas vezes, em intubação”.
A secretária municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande, afirmou em nota que “durante todo o tempo que o paciente permanece na unidade é dado todo o suporte necessário à sobrevida deste, visando garantir que eles consigam uma transferência a um leito de UTI”, assim, concluindo que a capital já apresenta o cenário onde há pessoas morrendo com sintomas da Covid-19 à espera de leitos.
Na nota, a prefeitura da capital sul-mato-grossense ponderou que o número de leitos, bem como o quantitativo de recursos humanos destinados ao enfrentamento da pandemia são “insuficientes”.
“Hoje, infelizmente o número de leitos é insuficiente e já não há mais recursos humanos e nem material para aumentar a capacidade de atendimento, mesmo o Município tendo tomado todas as medidas necessárias para tanto”, destaca a nota enviado ao G1 pela prefeitura de Campo Grande.
O órgão destacou que só na última semana, “foram ativados 54 novos leitos, sendo 12 leitos na Clínica Campo Grande, 7 semicríticos no Hospital de Câncer, 10 no Hospital do Pênfigo e 10 leitos de UTI no Hospital EL Kadri, 15 leitos clínicos no São Julião”.
O G1 entrou em contato com a prefeitura de Campo Grande a fim de saber sobre o quadro clínico dos seis pacientes que morreram nas UPAs nas últimas 24 horas, até o fechamento da matéria, não obtivemos retorno.