Paraguaios trabalhavam em condições precárias e sem registro de trabalho. No local, ainda foram encontradas irregularidades ambientais, como desmatamento e drenos.
Um grupo de 15 paraguaios, incluindo crianças, foram encontrados trabalhando em uma fazenda em condições análogas a escravidão, durante uma força tarefa do Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Civil e Polícia Militar Ambiental (PMA) nesta sexta-feira (4), em uma propriedade de Nioaque, a 144 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com a Polícia Civil, os paraguaios trabalhavam em condições precárias e sem registro de trabalho. No local, ainda foram encontradas irregularidades ambientais, como desmatamento e drenos. A PMA disse que vai precisar de, pelo menos, três dias para levantar todas as irregularidades no local.
Os arrendatários foram identificados, mas estão foragidos. Eles devem responder por crime ambiental e trabalho análogo a escravo. O gerente da fazenda foi preso por porte ilegal de arma.
Fazenda em que trabalhadores paraguaios foram encontrados em situação análoga a escravidão em Nioaque (MS) — Foto: PMA/Divulgação
Fazenda em que trabalhadores paraguaios foram encontrados em situação análoga a escravidão em Nioaque (MS) — Foto: PMA/Divulgação
O MPT informou que enviou auditores fiscais à fazenda para acertar a situação trabalhista dos funcionários. Peritos também foram até o local e, após o relatório, o MPT afirmou que adotará as providências necessárias para sanar as irregularidades e requerer a justa reparação aos trabalhadores prejudicados.