Cristina dos Santos Fiuza, está entre os alvos da Operação Dirty Pix, realizada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) na manhã desta terça-feira (18). Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos contra o presidente do Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa, Jacob Breure e três vereadores.
Conforme apurado pela reportagem, Cristina Fiuza é investigada por envolvimento com o esquema de corrupção quando ainda era vereadora da cidade. Nesta manhã, durante o cumprimento da busca e apreensão, as equipes encontraram em sua casa uma porção de maconha. Por conta disso ela foi levada para prestar esclarecimento na delegacia da cidade.
Jacob Meeuwis Breure, presidente do Hospital, também acabou levado para a delegacia durante as buscas. Com ele, as equipes encontraram uma arma.
Ao Primeira Página o advogado de Jacob, Wellison Muchiutti Hernandes, explicou que a arma pertencia ao sogro já falecido do cliente. Na unidade policial, ele prestou depoimento e foi liberado após pagar fiança.
Em nota, a prefeitura reforçou que a ação investiga fatos ocorridos em 2022, período em que a administração municipal e a composição da Câmara eram outras. Também destacou que não há, até o momento, qualquer indício de crimes relacionados às suas funções atuais da vice-prefeita na Prefeitura.
A investigação identificou o desvio de R$ 5,4 milhões em recursos públicos destinados ao Hospital Elmíria Silvério Barbosa. O valor foi repassado pelo Estado de Mato Grosso do Sul ao Município de Sidrolândia para a compra de um aparelho de ressonância magnética e um autoclave hospitalar.
Parte desse valor foi desviado pela Administração do Hospital, em conluio com a empresa fornecedora, a qual também pagou vantagens indevidas a vereadores do Município.
Segundo o advogado Wellison Muchiutti Hernandes, Jacob Breure nunca recebeu Pix das empresas citadas pela investigação. Ele explicou também que a administração do hospital repassou o valor referente a um aparelho de ressonância magnética e um autoclave hospitalar, fruto do convênio com o Governo do Estado, mas não recebeu os dois equipamentos.
Por conta disso, a empresa foi judicializada. “Temos dois processos com sentença para que a empresa devolva o valor à administração. O que ainda não aconteceu”.
Notas
A Prefeitura de Sidrolândia informa que tomou conhecimento pela imprensa sobre a operação Dirty Pix, deflagrada pelo GAECO nesta terça-feira. A ação investiga fatos ocorridos em 2022, período em que a administração municipal e a composição da Câmara eram outras.
A gestão esclarece que algumas notificações foram direcionadas a pessoas que hoje integram o Executivo, exclusivamente por atos vinculados ao exercício do mandato parlamentar naquele ano. Não há, até o momento, qualquer medida relacionada às suas funções atuais na Prefeitura.
O Executivo acompanha o caso com responsabilidade e aguarda o avanço das investigações para adotar eventuais providências, sempre respeitando o devido processo legal.
Reafirmamos nosso compromisso com a transparência, a integridade e a condução ética da gestão pública e mantemos os canais oficiais da Prefeitura permanecem abertos para prestar esclarecimentos aos moradores de Sidrolândia.
