O carnaval de Corumbá teve na noite de terça-feira, 19 de abril, “o Retorno da Nossa Alegria” com a descida do bloco ‘Sandálias de Frei Mariano”, que cruzou a Passarela do Samba ao som de muito pagode, axé, samba-enredo e também embalado pela marchinha sobre a lenda de Frei Mariano, que tem o consagrado refrão “Vôte, vôte, vôte, vôte! Chispa, chispa, chispa!”.
O prefeito Marcelo Iunes acompanhou a descida do bloco, da concentração até a dispersão. “O importante é que a população está prestigiando o Carnaval e, automaticamente, ajudando às pessoas que estão trabalhando durante o evento. É um dinheiro que volta pra cidade, é investimento mesmo. Carnaval não é gasto, gera renda e gera emprego aqui no município. Tudo isso, ajuda as pessoas que estão desempregadas e têm no carnaval uma oportunidade para gerar renda própria”, afirmou ao destacar a força e importância econômica do carnaval para a cidade.
Iunes destacou que o bloco, inicialmente composto por servidores públicos, hoje recebe toda a população. Esse caráter democrático mostra que “Corumbá faz um carnaval com alegria e paz”. Cerca de 700 foliões deixaram a concentração do bloco no Hotel Nacional, na rua América. O número se multiplicou ao longo do trajeto, que passou pela rua Frei Mariano e terminou no cruzamento da avenida General Rondon com a rua Sete de Setembro.
A primeira-dama e secretária de Assistência Social e Cidadania, Amanda Balancieri Iunes, também acompanhou a descida do tradicional bloco. “O carnaval de Corumbá retornou com força, trazendo alegria aos corumbaenses. O bloco ‘Funecão’ também foi um sucesso, abrindo o carnaval na segunda-feira, dia 18, com público de 800 participantes, e isso mostrou que nosso carnaval é tradição e também movimenta a nossa economia”, completou.
Presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Joilson Cruz, exaltou a tradição do bloco, que completa 16 anos neste carnaval. “Estamos aqui com muita alegria, é o retorno da nossa alegria. É essa a tradição que estamos mantendo é essa a função do nosso bloco, criado pela saudosa Helô Urt”, disse. Criado em 2006, o bloco foi uma forma de brincar com uma das lendas mais fortes do Pantanal sul-mato-grossense, as sandálias do Frei Mariano que, acusado de não pagar o relógio da igreja que acabara de construir, em 1887, vingou-se rogando uma praga contra os moradores de Corumbá. Expulso, ele teria enterrado suas sandálias em lugar incerto, afirmando que a cidade somente retomaria o desenvolvimento quando elas fossem desenterradas.