A filha de um idoso, de 67 anos, que está internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino desde a madrugada desta sexta-feira (30), com o fêmur fraturado, foi encontrado pela filha nesta manhã defecado. A jovem foi liberada pelas enfermeiras para ir em casa tomar banho e quando retornou encontrou o homem sujo de fezes.
Jéssica Maciel está lutando com o pai desde a noite de ontem quando o idoso escorregou dentro de casa, caiu e fraturou o fêmur. O primeiro socorro foi na UPA Nova Bahia, mas por falta de raio-x eles foram orientados a procurarem atendimento na UPA Coronel Antonino.
Segundo a filha, o idoso recebeu atendimento de forma correta, passou pelo médico, fez o exame e constatou a fratura. Desde o momento, que era por volta de 1h ele ficou em uma maca aguardando uma vaga em um hospital da cidade.
“A vaga dele saiu 2h, mas não tinha ambulância, esperei até 5h quando liguei para o Samu e questionei porque não houve atendimento se no pátio da UPA haviam duas ambulâncias e fui informada que as mesmas não tinham maca, e que uma maca estava retida em um hospital e precisava aguardar liberação em uma troca de plantão”, contou ao TopMídiaNews.
Logo pela manhã, uma enfermeira da unidade liberou Jéssica para que fosse em casa se trocar e buscar algumas coisas para o conforto do pai. “Ninguém me falou que eu deveria trazer fralda para ele, eu fui em casa, busquei travesseiro e coberta e quando retornei meu pai estava defecado deitado na maca e só foram limpar porque eu reclamei”, lamentou a filha.
Ainda segundo a jovem, uma outra funcionária retornou e em tom ríspido disse que ela deveria ter levado fraldas para o pai.
“Já não bastasse o que a gente estava passando desde a noite anterior, ainda acontece isso, poderiam ter me avisado, ou cedido uma fralda para que ele fizesse a necessidade e eu comprava em seguida, mas não chego e me deparo com isso, além de ter passado 9h da liberação da vaga no hospital e ele não conseguiu a ambulância até agora”, disse.
A reportagem já havia entrado em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), mas até o fechamento da matéria não houve retorno e pai e filha permaneciam na UPA.