A Câmara Municipal está acompanhando as investigações por parte da Polícia Civil de Corumbá que busca saber a origem dos boatos veiculados nas redes sociais no último final de semana, sobre as informações do estado de saúde de uma mulher que procurou atendimento hospitalar, e que teria sido vítima de abuso sexual.
O assunto ganhou proporções, envolvendo inclusive nomes de vereadores do Poder Legislativo corumbaense, e pessoas da sociedade local, que tomaram as medidas judiciais necessárias, com registo inclusive de Boletim de Ocorrência na Polícia Civil.
A titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Corumbá, delegada Tatiana Zyngier, afirmou à imprensa corumbaense que o suposto crime não aconteceu, conforme depoimento prestado pela própria mulher, que teve até fotos expostas nas redes sociais. Ela própria procurou a delegada, pedindo ajuda por estar sendo vítima de difamação.
A delegada confirmou que foi feito um boletim de ocorrência de difamação e de divulgação de sigilo profissional, e que a Polícia Civil está investigando “pra apurar quem foi o responsável pelo vazamento dessas informações”, e que “o mais grave de tudo isso é que ela, como paciente, procurou o pronto-socorro pedindo ajuda porque estava lesionada, e saiu de lá como uma vítima de um crime bárbaro que nunca aconteceu”.
Tatiana Zyngier citou que o caso ganhou uma grande proporção, se tornando uma bola de neve. “A situação ficou insustentável. Entrou nomes de vereadores e de pessoas da sociedade que nada tem a ver com isso. Isso é realmente muito grave”, afirmou, aguardando que o próprio hospital apure os fatos e puna os responsáveis, “por que isso é inadmissível”.
A titular da Delegacia da Mulher aproveitou a oportunidade para pedir maior conscientização por parte da população no sentido de evitar “fazer esse tipo de comentário irresponsável”. Além disso, já confirmou que a equipe plantonista do hospital vai ser ouvida sobre o caso, para saber de onde saiu a informação, e que a investigação vai também buscar os responsáveis pelas divulgações e compartilhamento das redes sociais.
Afirmou se tratar de crime divulgar, compartilhar notícias falsas. “Isso é crime e a pessoa pode ser processada e responder na Justiça”, enfatizou, confirmando que a equipe do hospital que estava de plantão no dia do atendimento à paciente, será interrogada “para esclarecer os fatos sobre o vazamento de informações”.