Lucimara Rosa Neves, de 43 anos, Jessica Neves Antunes, 24 anos, e Pedro Ben Hur Ciardulo, de 21 anos, foram condenados pela morte de Andreia Aquino Flores. O caso foi tratado como latrocínio, roubo seguido de morte, e julgado pela 5ª Vara Criminal de Campo Grande.
Juntas, as penas dos três ultrapassam os 70 anos. A governanta da vítima, Lucimara, foi a que recebeu a maior condenação por ter organizado o crime: 28 anos em regime fechado. A filha dela, Jessica, que também trabalhava para Andreia, vai ter que cumprir 24 anos, também em regime fechado.
O cunhado de Lucimara, Pedro Ben Hur Ciardulo, foi quem matou Andreia asfixiada no dia 28 de julho de 2022, e pegou a pena menor, de 20 anos em regime fechado. Logo após o crime ele tentou fugir, mas foi preso dias depois em Dourados, a 235 km de Campo Grande.
Os três estão presos desde o ano passado. Segundo a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Lucimara e Jessica estão no Instituto Penal Feminino Irmã Zorzi. O presídio onde Pedro está não foi informado.
Suspeito pela morte de pecuarista, Pedro Ben Hur Ciardulo foi preso em Dourados. — Foto: Adilson Domingos/Dourados Informa
O crime
Andréia Aquino Flores foi assassinada dentro de um condomínio de luxo, na Vila Manoel da Costa Lima.O caso foi investigado pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), que ouviu primeiro as funcionárias dela, Lucimara Rosa Neves e Jessica Neves Antunes.
A primeira versão que elas deram para a polícia foi de que dois homens as teriam rendido dentro do veículo da vítima, no estacionamento de um mercado atacadista na capital, e levadas para o condomínio onde Andreia morava.
Na residência, elas supostamente teriam sido amarradas em um cômodo, enquanto os assaltantes pediam dinheiro de Andreia. Luciama afirmou ainda que teria sido obrigada a levar os bandidos ao bairro Tiradentes.
Porém, o caso foi desmentido após câmeras de segurança do atacadista flagrarem mãe e filha abrindo o carro para os suspeitos. Depois de Pedro ser preso, disse que a pecuarista foi morta porque não aceitou realizar uma transferência de R$ 50 mil via pix.
Ele também apontou onde escondeu uma caixa de som e um notebook que pegou da residência.
De acordo com a investigação, a funcionária mais velha chegou a levar o cachorro da vítima para um pet shop, garantindo assim que nada dificultaria o crime. De acordo com a Derf, a quantia seria repartida entre os envolvidos, ficando R$ 30 mil para Lucimara e R$ 10 mil para os outros dois.
Em agosto do ano passado, o Aluízio Pereira dos Santos considerou que a natureza do crime foi grave com uso de violência mediante à ameaça e brutalidade no crime.