Segundo a FAB, não há prazo para conclusão do inquérito
O piloto do Super Tucano A-29 da Embraer, que acabou explodindo no dia 13 deste mês, em um descampado que fica nos fundos do Aeroporto Internacional da Capital está trabalhando administrativamente, segundo a FAB (Força Aérea Brasileira).
De acordo com a nota enviada ao Jornal Midiamaxpela FAB, o piloto está bem de saúde, no momento, trabalhando administrativamente, em breve, deverá retornar às atividades aéreas. Sobre a investigação do acidente, foi relatado que não há prazo para a conclusão do inquérito.
Confira a nota na íntegra:
“Uma equipe especializada em investigação de acidentes aeronáuticos esteve no local da ocorrência para realizar a Ação Inicial.
A Ação Inicial é o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados, fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos.
Os militares da comissão de investigação integram o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), coordenado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). A investigação de ocorrência aeronáutica se dedica a identificar todos os fatores que tenham ou possam ter contribuído para uma ocorrência aeronáutica e tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.
O tempo necessário para a identificação desses fatores varia de acordo com a complexidade de cada ocorrência. Não há prazo para a conclusão das investigações. O piloto da FAB encontra-se bem de saúde, já retornou às atividades administrativas normalmente e, em breve, poderá retornar às atividades aéreas.”
Falha técnica
A falha técnica foi detectada pelo piloto durante um voo de treinamento na área. Após detectar a falha, o avião foi direcionado para uma região desabitada, onde colidiu com o solo. Com a queda, a aeronave acabou pegando fogo e o incêndio atingiu aproximadamente 10 hectares da fazenda, sendo controlado pelo Corpo de Bombeiros e também por funcionários da propriedade rural. O valor estimado da aeronave vai de R$ 52 a 150 milhões.
Piloto ejetou
Considerado procedimento padrão para evitar que o piloto fique gravemente ferido ou até perca a vida durante um acidente, caças e aviões de ataque, entre outros, são equipados com sistema de assento ejetável para essas ocasiões. O piloto foi resgatado por um helicóptero H-60 Black Hawk do Esquadrão Pelicano e passa bem.
As aeronaves utilizam foguetes para lançar o assento com o piloto para fora do avião e depois paraquedas para cair em segurança. A ejeção é ativada manualmente e envolve o trabalho simultâneo de vários sistemas que garantem o funcionamento correto da ejeção e do pouso.
É tudo muito rápido. Entre o acionamento da alavanca e a abertura do paraquedas, passam cerca de quatro segundos apenas, segundo o engenheiro e professor de Instrumentação Aeronáutica, Paulo Lobo, ouvido pela revista Superinteressante.