De acordo com a polícia, o homem cultivava o ilícito em um sistema sofisticado e profissional com ventilação, exaustão e iluminação, em Campo Grande.
Um homem, de 36 anos, foi preso em um laboratório “sofisticado”, construído em um contêiner, em Campo Grande. O que chamou a atenção dos policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), é que o homem teria estudado o preparo de uma “maconha gourmet” em Amsterdã, na Holanda, e reproduzido a prática em Mato Grosso do Sul.
O delegado Hoffman D’ávila, que esteve à frente da operação, explicou que o contêiner onde a plantação de maconha estava era composto por um “sistema equipado”.
“Ele cultivava uma droga gourmet. A maconha que ele produzia possuía um preço elevado. Não é qualquer pessoa que possuía um sistema que de ventilação, exaustão e iluminação para produzir a droga. Todo o sistema era automático, onde o homem só ia averiguar o contêiner pela manhã e à noite”, disse Hoffman.
Homem que tinha contêiner onde era produzido “droga gourmet” é preso — Foto: Denar/Divulgação
Foram apreendidos cinco pés de maconha, além de inúmeros petrechos para cultivo e semeadura da planta, como umidificador, luminárias e ventiladores. Hoffman explicou que a droga, por ser “gourmet”, tinha um público diferente: “as pessoas com poder aquisitivo elevado”.
O delegado disse que além do sistema sofisticado, o contêiner tinha “até uma tecnologia para que os vizinhos do terreno não sentissem o cheiro da maconha”.
Hoffman explicou, que mesmo apreendendo cinco pés da planta, o local “apresentava possibilidade para produção de uma plantação maior. Ele investiu toda dinâmica, investiu em aparato, isto denota o tráfico. A ação era sistemática e bem orquestrada”.
Sistema de ventilação era usado para inibir o cheiro da plantação, em Campo Grande — Foto: Denar/Divulgação