Incêndio se alastra em Bonito e já atinge área de 2,7 mil hectares em apenas três dias

Publicado em

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on pinterest
Pinterest

O incêndio detectado na noite desta quarta-feira (7), em Bonito, região turística de Mato Grosso do Sul, continua causando estragos. O foco, que tinha devastado cerca de 1,5 mil hectares até esta quinta, chegou a 2,7 mil hectares de área atingida na tarde desta sexta-feira (9), segundo a técnica Fernanda Cano, da Fundação Neotrópica do Brasil, organização de conservação ambiental.

As chamas ameaçam o banhado do Rio da Prata, área prioritária para conservação ambiental de acordo com o IBAMA, onde se formam as nascentes, fundamentais para reter e fornecer água para o rio. A área é vizinha ao Parque Nacional da Serra da Bodoquena. A Brigada do Parque Nacional foi acionada e também está atuando no combate às chamas.

Neste segundo dia de combate aos focos, mais de 50 bombeiros e 14 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuam em meio a vegetação seca, que dificulta o trabalho dos profissionais. Fazendeiros da região cederam tratores e caminhões pipa para auxiliar no combate às chamas.

O superintendente executivo da Fundação Neotrópica do Brasil, Rodolfo Portela, reforça a situação de ameaça às áreas úmidas de Mato Grosso do Sul. “Os banhados são áreas prioritárias para a conservação, inclusive pela importância de sua biodiversidade e para a conservação dos recursos hídricos”, afirma.

De acordo com o Coronel Barros, Subcomandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, mais de 50 militares foram deslocados para a área, além de 8 viaturas, 1 micro ônibus e 2 embarcações, se mobilizando em ações de prevenção. Duas aeronaves ainda foram acionadas pelos bombeiros para auxiliar no combate às chamas.

Corpo de Bombeiros em combate a incêndio na região de Bonito — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Corpo de Bombeiros em combate a incêndio na região de Bonito — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

“O fogo é um agente natural, porém, a ação humana catalisa este processo e aumenta também as proporções do fogo, o que torna este evento uma grande ameaça para a conservação. Isso demonstra a fragilidade de proteção dessas áreas”, finaliza Portela.

A origem do incêndio e as causas do fogo ainda são desconhecidas pelas autoridades e devem ser investigadas.



Mais Artigos