Os 20 focos de incêndio que deram inicio ao fogo no Pantanal de Mato Grosso do Sul (MS) e Mato Grosso (MT) estão sendo periciados. A informação foi repassada pelo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, nesta terça-feira (16), em Corumbá.
Junto de Agostinho, as ministras Simone Tebet e Marina Silva e o governador do estado, Eduardo Riedel (PSDB), estiveram na cidade que registrou recorde de incêndios florestais neste ano. Mais de 770 mil hectares foram consumidos pelo fogo em 2024 no Pantanal.
Conforme o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, todas as propriedades onde tiveram os primeiros focos de calor estão sendo visitadas e investigadas. Caso a caso, as propriedades rurais são periciadas com o objetivo de auxiliar na constatação se houve ou não crime.
“Esse é um momento em que a gente pode até celebrar, mas é só uma celebração inicial. Nós vamos ter que manter nossas equipes mobilizadas, a nossa base, por isso o recurso extraordinário que foi aprovado de forma atempada. Nós sabemos que a partir do final da semana vai vir uma onda de calor, baixa umidade e risco de novo de termos incêndio, portanto Corpo de Bombeiros, Ibama e ICMBio, todos os parceiros, vamos nos manter mobilizados”, falou a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva.
Área queimada
Segundo os dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ), de 1 de janeiro até o dia 14 de julho de 2024 foram registrados 3.940 focos de calor no Pantanal, sendo 79% em MS e 21% em MT.
Embora a última semana tenha registrado uma queda, as áreas queimadas são entre 3,9 e 5,15%. Dessas, 85% são privadas; 7,4% terras indígenas; 4,8% unidades de conservação federais, 1,4% unidades de conservação estaduais e 1,4% Reserva particular do patrimônio natural (RPPNs).