Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado com dois agravantes
Três anos depois do crime, Marcos Fernando Martins, 42, o “Guga Martins”, foi condenado a 14 anos em regime fechado pelo assassinato da ex-companheira Euzébia Clara Leite Pereira, de 26 anos, conhecida como “Clara Bianca”.
O crime aconteceu no dia 25 de março de 2020, na cidade de Água Clara, a 198 km de Campo Grande, mas o julgamento ocorreu na cidade de Três Lagoas por um pedido da defesa.
Marcos foi condenado por homicídio triplamente qualificado com dois agravantes, o primeiro é o recurso que dificultou a defesa da vítima e o segundo é pelo fato de ela ser mulher.
Durante o depoimento dele, ele disse que não agiu sob legítima defesa: “eu entendo que não agi em legítima defesa, mas a gente estava discutindo, foi um disparo acidental”, disse o réu.
A defesa de Marcos ainda explicou o porquê pediu para que trocasse de comarca o julgamento, “se ele fosse julgado em Água Clara onde o crime aconteceu, só iam taxar ele como monstro, aqui pelo menos ninguém do júri conhece ou sabe o passado dele”, explicou o advogado. O julgamento teve duração de quase sete horas.
Era para o réu ser julgado em junho do ano passado, mas a sessão precisou ser adiada por conta de o juiz testar positivo para covid.
O caso – Euzébia foi assassinada após discussão com Marcos na casa onde vivia em Água Clara. A irmã da vítima contou que escutou o casal discutindo e na sequência um estampido. Preocupada, a testemunha foi até a residência e encontrou a mulher morta no quarto com um tiro na testa.
Marcos fugiu em um veículo Fiat Strada e acabou preso dois dias após o crime, no Centro de Campo Grande. O caso foi divulgado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).