Campanha Quebrando o Silêncio completa 20 anos de combate a abusos e vícios
Ação contra violência psicológica acontece em oito países
Campanha Quebrando o Silêncio completa 20 anos de combate a abusos e vícios
Levantamentos feitos por diferentes órgãos voltados à saúde e à segurança constatam que a
violência psicológica é o tipo de abuso mais recorrente, antecedendo, em muitos casos, outras
formas de agressão. Está presente nos lares e ambientes acadêmicos e de trabalho, sob a
forma de ofensas, chantagens e ameaças.
Por não ser um ato físico, esse tipo de agressão ainda é muito velado e subnotificado aos
órgãos de segurança. No entanto, é reconhecida como crime em diversos países, dado o seu
potencial danoso à vítima.
No Brasil, a lei 14.188/2021 criminaliza a violência psicológica contra a mulher.
De acordo com o artigo 147-B, constitui-se como tal crime qualquer ato que cause “dano
emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a
degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação
do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e
autodeterminação”.
Valendo-se desse mesmo conceito, a campanha Quebrando o Silêncio estende suas ações para
combater a violência psicológica não apenas contra mulheres, mas contra qualquer indivíduo
em vulnerabilidade, como crianças e idosos.
A campanha
O projeto Quebrando o Silêncio é promovido anualmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia,
e se propõe a auxiliar no combate e prevenção de diversos tipos de vício e abuso. Neste ano, o
tema da violência psicológica foi escolhido para pautar as ações da campanha, que ocorrem no
dia 27 de agosto na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, e se
estendem ao longo de todo o ano.
Diversas atividades estão sendo preparadas para a ocasião. Carreatas e passeatas chamarão a
atenção para o tema pelas ruas, enquanto palestras acontecem em igrejas, escolas e
auditórios. Nesses eventos também serão distribuídos materiais de orientação, como
panfletos e revistas, impressas em versões para crianças, adolescentes e adultos.
Estes materiais são produzidos em português e espanhol, e estão disponíveis em formato
digital no site oficial da campanha: quebrandoosilencio.org. Ali também há outros materiais de
apoio, como vídeos e artes promocionais, podcasts, bem como todas as informações sobre o
projeto.
Além disso, muitos templos adventistas estão organizando ações solidárias, como feiras de
saúde com atendimento gratuito à população, visitas a asilos e orfanatos e doações de
suprimentos a famílias carentes.
Neste sábado (27), a partir das 08h30min em frente à Escola Municipal Almirante Tamandaré,
uma carreata com aproximadamente 70 carros circulará nas ruas: Rua Agostinho Mônaco, Rua
Ciríaco de Toledo, Rua Paraná, Rua Edu Rocha, Rua Dom Pedro II e Rua 21 de Setembro.
O objetivo da ação é incentivar a população a denunciar casos de violência contra a mulher,
idosos e casos de abuso infantil. Além de entregar materiais com orientações sobre como e
onde denunciar.
Duas décadas
Criado em 2002, o projeto Quebrando o Silêncio completa 20 anos cumprindo o seu propósito.
No site quebrandoosilencio.org há histórias de pessoas que foram impactadas pela
iniciativa ao longo dessas duas décadas. E falando nesse impacto, vários Estados e províncias
em diversos países incluíram em seus calendários oficiais uma data para destaque da
campanha, em reconhecimento à sua relevância e contribuição social