Os bombeiros militares, ao fazerem um “voo de reconhecimento” do fogo na região próxima ao Parque Nacional da Serra da Bodoquena, entre os municípios de Jardim e Bonito, na região sudoeste do estado, contabilizaram 3.750 hectares perdidos até o momento. Nesta segunda-feira (12), as equipes fazem “mais monitoramento na região” e também o “rescaldo da área afetada para evitar alguma reignição de incêndio”, conforme a assessoria de imprensa da corporação.
“Tivemos o grande incêndio controlado e agora fazemos o monitoramento por terra e rescaldo da área afetada. Também estamos utilização da aeronaves, o qual fizemos o voo de reconhecimento que localizou um novo foco de incêndio nas proximidades do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, foco este que já foi controlado e a área está em segurança”, disse o major André, comandante da operação Panemorfi (Bonito, em grego).
Militares encontraram sucuri neste domingo (11) — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Rastro de morte
Neste período, a queimada destruiu a vegetação e matou inúmeros animais, entre eles uma sucuri de cerca de 5 metros e 80 quilos, encontrada carbonizada por militares nesse domingo (11).
“Estávamos fazendo a vistoria nas proximidades da fazenda São João, ainda na parte da área de Bonito, quando nos deparamos com esta sucuri que, infelizmente, não conseguiu se livrar das chamas. Lamentável”, comentou o capitão Valdeck de Siqueira Santos.
Bombeiros atuam na fronteira com o apoio da Marinha — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Pantanal de MS perdeu 25.775 hectares
Ainda conforme o major, a avaliação da área perdida foi feita pelo Centro de Proteção Ambiental (CPA). Já no pantanal sul-mato-grossense, ocorre a Operação Hefesto, a qual contabilizou 25.775 hectares de área queimada dos dias 3 a 10 de julho.
“O pessoal está fazendo o combate no Canal do Tamengo e uma área próxima à Bolívia, onde as equipes estão trabalhando e em campo na área da Nhecolândia…teremos uma aeronave pousando nesta manhã (12) para ajudar e vamos intensificar. São aeronaves contratadas pelo governo do estado, onde teremos uma resposta melhor no foco de calor e vamos avançar para proteger o nosso meio ambiente, nossa fauna e nossa flora”, finalizou o tenente-coronel Alencar, comandante da operação.
Momento em que o cervo é recuperado e levado para outro ambiente em MS — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação