Professores do Projeto Corredor Bioceânico da UFMS ministram minicurso no IV Simpósio de Administração

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A Profa. Dra. Luciane Carvalho (ESAN/UFMS), que realiza pesquisas no Eixo de Economia do Projeto Corredor Bioceânico da UFMS, ministrou o minicurso “O Corredor Bioceânico, o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e seus impactos para a microrregião de Paranaíba” durante o IV Simpósio Sul-Mato-Grossense de Administração nesta quarta-feira (19).

O Prof. Me. Francisco Bayardo (FAENG/UFMS), que realiza pesquisas no Eixo de Logística, também participou do minicurso como convidado. A capacitação é uma ação de extensão do Projeto Corredor Bioceânico da UFMS, realizado com recursos de emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet (PT/MS).

O IV Simpósio Sul-Mato-Grossense de Administração é um evento online realizado pela Empresa Júnior, do curso de Administração do Câmpus de Paranaíba/UFMS. O Prof. Dr. Odirlei Fernando Dal Moro, que é coordenador da Empresa Júnior, realizou a abertura e a mediação do minicurso.

Potencialidades econômicas

A Profa. Dra. Luciane Carvalho abordou os impactos positivos do Corredor Bioceânico para Mato Grosso do Sul, como a redução do tempo de trânsito e dos custos de atividades comerciais para Ásia, Oceania e Costa Oeste dos Estados Unidos.

O minicurso também incluiu a apresentação de dados sobre as exportações e importações do Estado com o continente asiático e países latino-americanos como Chile, Argentina e Paraguai, além da análise sobre as potencialidades econômicas para a microrregião de Paranaíba.

“Atualmente, essa microrregião exporta produtos como carne bovina, açúcares, carnes e miudezas de aves, couro e pele curtidos de bovinos e equídeos. As carnes, em sua maioria, têm como destino o mercado asiático e, no caso dos açúcares, 60% das exportações foram para a Rússia e 16% para Hong Kong no ano de 2014”, explicou a pesquisadora.

Outros pontos positivos são a localização estratégica para outras regiões, a infraestrutura e logística, a oferta de capacitação para mão-de-obra qualificada e a agropecuária, inclusive por meio de agricultura familiar.

De acordo com Profa. Dra. Luciane Carvalho, a expectativa é que os caminhões levem as mercadorias até os portos de Iquique e Antofagasta, no Chile, e retornem também carregados com mercadorias daquele país, fomentando tanto as exportações quanto as importações.

“O Corredor Bioceânico tem o objetivo de ampliar essas relações comerciais. Mas esse potencial depende da decisão dos empresários de entenderem e verificarem a viabilidade dessa rota. Há uma participação do poder público em promover a infraestrutura e dos empresários para fazer essa análise”, esclareceu.

A capacitação também abordou os desafios para concretização da rota como a construção da ponte sobre o Rio Paraguai e a segurança nacional por meio de políticas públicas abrangentes que solucionem as demandas sanitárias e alfandegárias.

Tecnologia

O Prof. Me. Francisco Bayardo apresentou conceitos relacionados à Logística 4.0, que integra elementos como Manufatura Aditiva (impressão 3D), Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e Biologia Sintética (Synbio).

Também abordou como as mudanças provocadas pelo Corredor Bioceânico poderão promover o uso desses recursos e da integração logística, favorecendo o desenvolvimento de municípios como Paranaíba.

“É uma cidade que fica a meio caminho entre Campo Grande (MS) e Uberlândia (MG), que são dois importantes centros regionais e de serviços do Cerrado Brasileiro. É, portanto, um importante entreposto comercial para quem costuma transitar entre essas duas cidades”, explicou o pesquisador.

Ainda de acordo com Prof. Me. Francisco Bayardo, o projeto Ferrogrão chegará até Maracaju e, associado a outras linhas férreas já existentes, também poderá favorecer o escoamento de produtos.

“Esse projeto é importante porque integrará modais para as commodities do Estado, conforme a vocação de cada região podemos ter uma distribuição mais rápida e mais barata das mercadorias, inclusive de Paranaíba, para o Paraguai, o Chile e a Argentina. A integração dos modais pode tornar o frete mais barato”, avaliou.

Logística

A pesquisa na área de Logística sobre os impactos do Corredor Bioceânico também foi apresentada pelo Prof. Me. Francisco Bayardo na palestra “Logística 4.0: movimentação e aplicação nas indústrias”, realizada no dia 6 de maio, durante a III Semana de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

O Projeto de Pesquisa e Extensão Corredor Bioceânico da UFMS é coordenado pelo Prof. Dr. Erick Wilke (ESAN/UFMS) e analisa oportunidades e desafios gerados pela construção da rota rodoviária.

Por: Assessoria de Comunicação do Projeto Multidisciplinar Corredor Bioceânico

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