Nesta quinta-feira (15), o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e
Região vai deixar fechada a agência do Bradesco, que fica na Rua
Marechal Rondon esquina com a Rua 13 de Maio, no centro da capital. No
local, também funciona a Superintendência Regional do banco.
O protesto dos bancários é para denunciar à população sobre as demissões
promovidas pelo Bradesco em plena crise econômica e sanitária. O banco
já fechou cinco agências na capital desde agosto. Nos meses de setembro
e outubro, foram pelo menos 19 demissões só em Campo Grande. Em todo o
país, o Bradesco demitiu 427 funcionários.
Conforme a presidente do sindicato, Neide Rodrigues, o Bradesco poderia
ter remanejado os bancários para outras unidades da capital e do
interior do Estado. “Tem agência que está com falta de funcionário, até
por causa do home office em razão da pandemia. Então, o banco poderia
ter aumentando o número de bancários em outras unidades para evitar as
filas, as reclamações dos clientes. É um descaso com a população, o
banco preferiu fazer cortes!”, afirma Neide Rodrigues.
Segundo a presidente do sindicato, com as demissões, o Bradesco está
descumprindo o compromisso firmado com o movimento sindical de não
demitir durante a pandemia.
“Durante a pandemia, precisamos justamente do contrário, de novas
contratações para dar condições de atendimento. Hoje, as pessoas estão
ficando horas na fila e já chegam cansadas, estressadas para o
atendimento, descontando sua indignação justamente nos funcionários, que
estão ali se expondo diante da pandemia para atender e estão
sobrecarregados nas agências. Não há motivos para as demissões, o banco
precisa voltar a atrás com essas demissões, enquanto isso, vamos
continuar com os protestos para denunciar esse descaso”, relata a
presidente do sindicato.
Mesmo em meio à crise econômica e sanitária, o Bradesco segue lucrando
alto. No primeiro semestre de 2020, o banco faturou R$ 7,626 bilhões,
crescimento de 3,2% na comparação com o trimestre anterior.
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