O ex-deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza, conhecido como Trutis, e a esposa dele, Raquelle Lisboa Alves de Souza, foram condenados pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) por desvio de R$ 776 mil do fundo eleitoral nas Eleições de 2022. O dinheiro teria sido lavado por meio da contratação de empresas para a prestação de serviços de publicidade durante as campanhas eleitorais. Naquele ano, Trutis tentou a reeleição e Raquelle concorreu ao cargo de deputada estadual. Ambos foram derrotados.
O julgamento ocorreu no dia 9 de setembro. O casal entrou com um recurso contra a decisão, que ainda não foi julgado pela Justiça Eleitoral. À reportagem, Loester classificou a decisão como “arbitrária” e afirmou que tem como comprovar que os custos foram legais.
“Nós temos comprovação dos serviços prestados. São mais de 300 horas de trabalho gravadas, making-ofs de como foi gravado, de edição. São dois terabytes de arquivos brutos que foram disponibilizados para a Justiça Eleitoral. Mesmo assim, foram usados critérios como, por exemplo, a vida pregressa da empresa, sendo que isso não é um critério legal. A gente considera a decisão arbitrária e tem confiança de que ela será revertida em instâncias superiores […] A decisão será revertida porque temos comprovação de que obedecemos a todos os requisitos legais. Temos confiança de que a nossa intenção e o nosso caráter refletem exatamente o que está previsto”.