Seis artistas se juntaram e estão em processo de criação do maior mural de arte urbana de Mato Grosso do Sul. Ao todo serão 282 m² com obras que retratam a fauna e flora pantaneira, comunidades e locais e com elementos estaduais.
Os artistas estão em processo de pintura do mural, que ficará exposto à comunidade, na Estação de Tratamento de Água (ETA) Lageado, na rua Nicomedes Vieira de Rezende, 271, bairro Vilas Boas, em Campo Grande. O projeto é assinado em conjunto por: Pedro Morato, Barbara Dantas, Muriel Curumex, Rafael Mareco, Natacha IK e Alice Hellmann. Veja os artistas na foto abaixo.
Assinam a obra: Pedro Morato, Barbara Dantas, Muriel Curumex, Rafael Mareco, Natacha IK e Alice Hellmann — Foto: José Câmara/g1 MS
Com obras completamente “instagramáveis”, o local será perfeito para abastecer o feed de qualquer um. A iniciativa é um projeto da concessionária Águas Guariroba que busca valorizar a arte local e o destaque dos elementos culturais e turísticos de Campo Grande. A obra deve ser entregue até o dia 18 de outubro deste ano.
A fim de tornar a arte mais democrática, os muros que antes eram brancos, agora com cores e cheios de vibrações, possuem o objetivo de fomentar a arte urbana e torná-la acessível para toda a população de forma ampla e gratuita, enaltecendo a diversidade da arte de Mato Grosso do Sul por meio do trabalho dos artistas.
Bárbara Dantas é uma das artistas que assina a obra. — Foto: José Câmara/g1 MS
Bárbara Dantas é uma das artistas que assina a obra em conjunto. Veja a foto acima. Dantas acredita que o trabalho dela será capaz de interagir com as pessoas e destaca o fato de transformação do ambiente através das cores.
“Acho que a importância não depende de mim. Estou muito feliz de executar um trabalho que vai poder interagir e transformar um ambiente. Assim, transformando o ambiente, vou transformar o dia das pessoas. Mas depende de como a pessoa vai receber a obra. O olhar dela vai ser chamado de alguma maneira”, fala Bárbara Dantas.
A alegria é contagiante entre os artistas. Há seis anos trabalhando com arte urbana, Natacha IK espera que o “museu a céu aberto” possa causar reflexão ao dia a dia de quem passar pela exposição.
“Para mim é super alegre, mas ao mesmo tempo eu já quero uma outra. Espero sempre continuar e que alguém me indique, mas a satisfação é ver este trabalho na parede, independente de qualquer coisa. Por mais que seja qualquer âmbito da arte, o seu dia vai ser alterado. Nós somos um canal, especificamente neste tipo de arte, somos um canal que flui”.
A tela desta vez foi o muro em branco, o espaço instigou Bárbara Dantas. “Ver a parede branca é muito instigante. Com a possibilidade de pintá-la, é muito mais instigante. Toda parede branca instiga. Eu vejo muito a cidade e as paredes como uma galeria a céu aberto e elas sem uso é um desperdício, um vazio urbano. A gente está à disposição para exercer esta arte popular e acessível. A arte tem essa capacidade de dialogar. É inerente, a pessoa vai se relacionar com a arte”, finaliza.
Vibrações não perceptíveis aos olhos são retratadas na obra de Alice. — Foto: José Câmara/g1 MS
Uma das obras de arte, de Alice Hellmann, pretende expressar por meio da pintura os movimentos corporais e congelar as vibrações que não são visíveis aos olhos, segundo a artista (veja a foto acima).
“Tento tornar visual aquilo que não é visível. É uma reverberação. A importância é a interação que temos com o público. Temos uma pessoa se conectando, registrando este momento e querendo guardar isso. Eu acredito no poder da cromoterapia, só de você passar em frente ao mural assim e ver as cores transmite uma energia cromática”, mostrou Alice Hellmann.