Os quatro dias do Festival América do Sul Pantanal (FASP) garantem um importante fomento à economia corumbaense. A avaliação é do prefeito Marcelo Iunes durante a solenidade de abertura da 16ª edição do FASP na noite desta quinta-feira, 26 de maio. O governador Reinaldo Azambuja veio à cidade para o evento que vai até domingo, dia 29.
“O Festival muda muito a vida de muitas pessoas. Um exemplo é que havia a expectativa de 40 a 50 barracas [na praça de alimentação]; mas hoje são 120 barracas. As pessoas procuram essa oportunidade para poder ganhar um dinheirinho extra para a sua família. Aqui, no mínimo, devemos ter de 800 a 1200 empregos diretos e indiretos que, com certeza, fomentam nossa economia”, ressaltou Marcelo Iunes.
Além do viés econômico-social, a realização do FASP após hiato de dois anos – não aconteceu em 2020 e 2021 por causa da pandemia – só reforça a importância de Corumbá para a cultura de Mato Grosso do Sul. “É muito importante para o município a volta do Festival depois de dois anos. Foi um evento que fez falta para todos nós. Corumbá é o berço da cultura sul-mato-grossense; tem vários artistas que saem de Corumbá para se destacar nacionalmente e até em nível internacional. Precisávamos do Festival em Corumbá, que agora volta com força total”, disse o prefeito.
Iunes agradeceu ao empenho do governador Reinaldo Azambuja para a retomada e realização do Festival América do Sul Pantanal agora em maio. “Corumbá está recebendo pela 16ª vez o Festival, fico muito feliz. Agradeço ao governador Reinaldo Azambuja, que é um grande parceiro de Corumbá pelo apoio ao Festival e empenho para sua retomada agora, depois de dois anos por causa da pandemia. Para mim, gestor do Município, é muito importante”, completou o prefeito Marcelo Iunes.
“É uma alegria enorme ter todos vocês aqui nesta noite, depois de dois anos em que tivemos que paralisar praticamente todas as nossas atividades devido à pandemia. Agora, estamos retomando a vida normal com a pandemia ficando para trás. Esta é a 16ª edição do Festival América do Sul Pantanal e isto aqui é cultura; é artesanato, é dança, é música, é confraternização”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja no discurso que declarou aberta a edição 2022 do FASP.
“Hoje é uma noite de alegria para nós e vocês vão poder curtir até domingo grandes atrações nacionais, internacionais, pratas da casa e também novidades. Vamos respirar um pouco mais da cultura, da arte, do entretenimento. Acho que não tem nenhum lugar no Mato Grosso do Sul que a gente é tão bem acolhido como aqui nesse Pantanal de Ladário e Corumbá, Vocês sabem receber bem, acolher bem, todo mundo que vem aqui volta porque é muito bem tratado, muito bem recebido. É uma alegria poder termos novamente o Festival América do Sul Pantanal. Que nós tenhamos um ótimo Festival”, concluiu o governador sul-mato-grossense.
O FASP
O Festival América do Sul Pantanal une pela arte, gastronomia e inclusão de pessoas de idiomas e costumes diferentes, mas com muito a compartilhar em quatro dias de intensa troca cultural.
Em 2022, comemora-se o “Centenário da Semana de Arte Moderna”, conhecida como “Semana de 22”, que ocorreu na capital paulista, entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, movimento que chamou a atenção da população para a valorização e consumo da Arte e da Cultura brasileira, em todos os seus segmentos: música, literatura, teatro, dança, artesanato entre outros. Um olhar voltado para o fazer artístico local, nacional em busca da brasilidade.
Homenagear o Centenário da Semana de Arte Moderna brasileira no Festival América do Sul-Pantanal é promover uma reflexão sobre os caminhos que nos trouxeram até aqui. Ao rememorar momentos importantes da história humana, na verdade busca-se uma reflexão sobre a arte e cultura local. Um olhar diferenciado que leve em conta seu papel fundamental, enquanto pilar para o desenvolvimento sustentável e na garantia da equidade social, inclusive por meio de ações que promovam além da cultura, a cidadania e o turismo.
A edição deste ano homenageia três grandes nomes da cultura de Mato Grosso do Sul: Lídia Baís, um dos nomes mais conhecidos e controversos do cenário artístico campo-grandense. Nascida no berço de uma das famílias mais abastadas da cidade, ela é dona da icônica frase “Por minha causa, vocês ficarão na história”. Mais que uma profecia, a frase selou o destino de Lídia que, hoje, 36 anos após sua morte continua tendo suas pinturas e, principalmente, suas histórias sendo revisitadas por novas gerações de pessoas encantadas com seu comportamento transgressor, ousado e muito à frente do seu tempo.
Lobivar Matos, um corumbaense de nascimento, que tem em seus escritos relatos de sua infância pela região pantaneira que foi digna de uma infância comum, repleta de atitudes fortes e marcantes, principalmente pelo que pode ser visto em sua composição poética.
Augusto César Proença, professor, contista, historiador brasileiro e pesquisador da cultura pantaneira e regional.Membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, da Academia Corumbaense de Letras e do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro. Após a cerimônia, show com o cantor Michel Teló animou a noite. O Festival América do Sul Pantanal é uma realização do Governo do Estado e Prefeitura de Corumbá, com apoio do IPHAN.