Um trio de amigos de Campo Grande, que estava de férias no Rio de Janeiro, salvou um casal de chilenos de um afogamento em praia na Barra da Tijuca, na última sexta-feira (12). De acordo com Almir Figueiredo Barros Júnior, cabo da Polícia Militar do pelotão do Aero Rancho, a situação foi muito espontânea e nem o nome dos estrangeiros o trio conseguiu pegar.
Segundo Almir, os amigos estavam na praia, na última sexta, com a filha e a mãe do PM. “Resolvemos ir para a água e avistamos um casal pedindo socorro, sendo que eles já estavam um pouco distantes. As ondas estavam afastando eles mais e mais”, conta. Almir explica que os amigos se comunicaram rapidamente para ajudar as pessoas.
“Espontaneamente, a gente se uniu pra nadar até onde eles estavam. Felizmente conseguimos resgatar os dois da correnteza, puxando lateralmente, pois havia um trecho com buraco. Graças a Deus deu certo e conseguimos trazê-los para onde queríamos, tendo êxito no salvamento”, argumenta o PM.
O amigo Felipe Marinho, de 30 anos, auxiliar administrativo em um hospital infantil de Campo Grande, conta que pediu ajuda a um surfista em meio ao salvamento, utilizando uma prancha para retirar a mulher da água. “Foi tudo rápido demais, mas felizmente deu tudo certo”, diz. Murilo Costa Pegoraro, de 27 anos, sócio proprietário de uma barbearia na capital de Mato Grosso do Sul, foi o outro participante do resgate.
PM Almir (de azul), com o empresário Murilo Costa Pegoraro, em praia do Rio de Janeiro — Foto: Arquivo Pessoal
Segundo os amigos, a mulher do casal engoliu muita água e chegou a vomitar um pouco, mas ingeriu alguns líquidos e deixou o local passando bem. Pouco depois, um sargento do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro conversou com os amigos e revelou que o casal que foi salvo por eles era do Chile.
“Isso ajudou a explicar o motivo deles estarem naquele trecho, pois era muito perigoso, com placas que avisavam sobre os riscos. Nem pensamos em pegar dados dos dois, só queríamos mesmo saber se eles estavam bem”, conta Almir.
O PM retornou com a família para Campo Grande nesta semana, enquanto os outros dois amigos continuam na capital carioca.
Para os amigos, o salvamento foi um misto de coragem, espontaneidade e fé. “Deus nos deu forças e também a coragem para fazermos isso aí sem pensar muito. O próprio sargento que conversou com a gente falou que era um salvamento arriscado, ainda mais sem equipamentos. Felizmente, deu tudo certo”, conclui Almir.