Céline Dion expõe diagnóstico de rara doença neurológica e adia turnê

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A cantora Céline Dion revelou nesta quinta-feira, 8, que foi diagnosticada com uma rara doença neurológica chamada síndrome da pessoa rígida (SPR). Em um vídeo publicado no Instagram, a artista falou que essa condição está causando espasmos que afetam sua capacidade de cantar e até mesmo de andar: “Ainda estamos aprendendo sobre essa condição rara, mas agora já sabemos que é isso que está causando todos os espasmos que tenho tido. Infelizmente, os espasmos afetam todos os aspectos da minha vida diária, às vezes causa dificuldades ao caminhar e não me permite usar minhas cordas vocais para cantar como estou acostumada”. Por conta da doença, a dona do hit My Heart Will Go On precisou adiar novamente a turnê “Courage”, que estava programada para acontecer em fevereiro do ano que vem. Esse é o terceiro adiamento. “Sinto falta de ver todos vocês, de estar no palco, de me apresentar para vocês. Eu sempre me dou 100% quando faço meus shows, mas minha condição não me permite dar isso agora”, lamentou a cantora. Ela já havia comentado que estava passando por problemas de saúde, mas ainda não tinha revelado seu diagnóstico. Céline contou que já vem lidando com essa síndrome “há muito tempo”: “Tem sido difícil para mim enfrentar esses desafios e falar sobre tudo o que tenho passado”. SPR é uma doença que causa rigidez dos músculos do tronco e das extremidades. Trata-se de uma doença neurológica autoimune rara que causa espasmos dolorosos.

Síndrome da pessoa rígida

A síndrome da pessoa rígida causa rigidez muscular que piora gradualmente.
A síndrome da pessoa rígida ocorre frequentemente em pessoas com diabetes tipo 1, certas doenças autoimunes ou certos tipos de câncer.
Os músculos se tornam cada vez mais rígidos e aumentam de tamanho, começando no tronco e no abdômen, mas posteriormente afetando os músculos do corpo todo.
Os médicos suspeitam de síndrome da pessoa rígida com base nos sintomas, mas usam eletromiografia e exames de sangue para ajudar a confirmar o diagnóstico.
O tratamento é focado no alívio dos sintomas e pode incluir diazepam (um sedativo), baclofeno (um relaxante muscular), corticosteroides e, às vezes, rituximabe ou plasmaférese.
A síndrome da pessoa rígida (antes conhecida como síndrome do homem rígido) afeta principalmente o cérebro e a medula espinhal (o sistema nervoso central), mas causa sintomas semelhantes aos de algumas doenças nervosas periféricas.

A síndrome da pessoa rígida é mais comum entre mulheres e muitas vezes ocorre em pessoas com diabetes tipo 1, certas doenças autoimunes (como tireoidite), ou certos tipos de câncer, incluindo câncer de mama (mais comumente), câncer de pulmão, câncer renal, câncer de tireoide, câncer de cólon e linfoma de Hodgkin.

A causa da síndrome da pessoa rígida pode ser uma reação autoimune − quando o corpo produz anticorpos que atacam seus próprios tecidos. Na síndrome da pessoa rígida, esses anticorpos atacam as células nervosas na medula espinhal que controla os movimentos musculares. A maioria dos indivíduos com síndrome da pessoa rígida possui anticorpos que atacam uma enzima denominada descarboxilase do ácido glutâmico. Esta enzima está envolvida na produção de um mensageiro químico (neurotransmissor) que ajuda a prevenir os nervos de superestimularem os músculos. Quando essa enzima é produzida em menor quantidade, os nervos superestimulam os músculos, que ficam tensos e rígidos.

Às vezes, a causa da síndrome da pessoa rígida é desconhecida.


Sintomas de síndrome da pessoa rígida

Em pessoas com síndrome da pessoa rígida, os músculos do tronco e do abdômen gradualmente ficam mais rígidos e aumentam. Os músculos dos braços e das pernas são afetados em menor grau.

Geralmente, a síndrome da pessoa rígida avança, conduzindo à invalidez e à rigidez de todo o corpo.


Diagnóstico de síndrome da pessoa rígida

Eletromiografia
Exames de sangue
O diagnóstico de síndrome da pessoa rígida é sugerido pelos sintomas. São realizados exames para ajudar a confirmar o diagnóstico. Eles incluem eletromiografia e exames de sangue para detectar anticorpos que estão presente em muitas pessoas com síndrome da pessoa rígida.


Tratamento de síndrome da pessoa rígida

Diazepam (um sedativo) ou outro medicamento para relaxar os músculos
Imunoglobulina
Algumas vezes, corticosteroides
Às vezes, rituximabe ou plasmaférese
O tratamento da síndrome da pessoa rígida é focado no alívio dos sintomas. O sedativo diazepam pode aliviar a rigidez muscular de forma constante. Se o diazepam for ineficaz, outros medicamentos, tais como baclofeno (um relaxante muscular) pode ser tentado.

A imunoglobulina (solução que contém diferentes anticorpos coletados de um grupo de doadores) administrada pela veia (intravenosamente), pode ajudar a aliviar os sintomas por até um ano.

Corticosteroides podem ajudar mas, se tomados por muito tempo, têm muitos efeitos colaterais.

Se a imunoglobulina não ajudar, às vezes se tenta utilizar rituximabe (um medicamento que modifica a atividade do sistema imunológico) ou plasmaférese, que envolve a filtragem de substâncias tóxicas (incluindo os anticorpos anormais) do sangue.

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