O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, falou nesta terça-feira (8), que com o crescimento exponencial de casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul, que o governo do estado já trabalha na elaboração de um decreto, baseado nas recomendações do programa Prosseguir, para uniformizar as medidas dentro do estado e evitar mobilidade social intensa e tentar fazer com que ocorra uma redução dos casos.
Resende explicou que o número de infectados confirmados nesta terça-feira, 1.989 é referente ao acumulado de dois dias, já que na segunda houve uma instabilidade no sistema do Ministério da Saúde, o que atrapalhou os municípios a registrarem os casos. Mas, comentou que nos com os novos casos a média móvel do estado nos últimos 7 dias salta para 1.012 casos por dia. O total de contaminados pelo novo coronavírus chegou a 107.235.
O secretário falou também que foram confirmadas mais 11 mortes pela doença, o que fez com que média móvel dos últimos 7 dias chegasse a 10,3 óbitos por dia. Apontou que o total de vidas perdidas para a doença no estado chegou a 1.852 .
Resende também comentou sobre a alta taxa de ocupação de leitos de UTI no estado. Disse que em Campo Grande está quase chegando a 100% (está em 96%) assim como ocorre em Corumbá (94%). Citou que em Dourados (com 86%), alguns hospitais também já estão com esse patamar e que das quatro macro regiões de saúde, somente a de Três Lagoas tem taxa menor (56%).
Disse que após as conversas com o Ministério da Saúde novos leitos de UTI já estão sendo habilitados ou reabilitados no estado. Citou que ontem foram 27, em Dourados, Paranaíba e Ponta Porã. Disse que já foi feito o pedido para a habilitação de mais 74 e que a expectativa é que a habilitação saia ainda nesta terça e aguarda o procedimento burocrático de Dourados, para pedir a habilitação de mais 20 leitos de UTI nos hospitais da Vida e Universitário.
O secretário falou também sobre as vacinas contra a Covid-19. Disse que a posição do governo do estado é a de defender que seja mantido o trabalho que vem sendo executado ao longo dos anos via Programa Nacional de Imunização (PNI), em que o governo federal faz a aquisição das vacinas que forem habilitadas e aprovadas pela Anvisa, independente de qual país as tenha desenvolvido, e que sejam distribuídas para estados e municípios fazerem a imunização da população.
Ele comentou, entretanto, que o estado não vai ficar inerte. Que se o Ministério da Saúde tomar a posição de utilizar somente um tipo de vacina, o governo do estado já tem entendimento com o governo de São Paulo para fazer a aquisição de doses da vacina que será produzida no Instituto Butantan, a Coronavac, para fazer a imunização de grupos de risco, idosos acima de 60 anos, indígenas, quilombolas e pessoal das áreas de saúde e de segurança. Disse ainda que o governo do estado já tem recursos para fazer essa compra.