China na América do Sul

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Cada dia mais se percebe a presença da China na América Latina, Brasil em primeiro lugar e com destaque para Mato Grosso. Cito a recente exposição internacional de máquinas que os chineses fizeram agora em novembro em Primavera do Leste. Exposição internacional e primeira no Brasil foi aqui no estado. O óbvio mostra que o interesse deles é no agro. Precisam dos produtos do estado e procuram vender os que produzem em maquinas e tecnologias.

Poucos dias atrás, mostrou a imprensa, a presença da China na Bolívia na exploração do lítio, mineral importante para baterias elétricas, celulares e outros instrumentos tecnológicos do momento. A coluna já comentou antes sobre o porto que os chineses estão acabando de construir no Peru no Pacifico. Ali deve ser o corredor de tantas exportações e importações da América do Sul. Alguns até aventam a hipóteses dos chineses construírem uma ferrovia que cortasse toda a América do Sul e levasse produtos para portos do Pacifico.

Depois do encontra do G20 no Rio de Janeiro, Xi Xinping, primeiro ministro chinês, foi recebido em Brasil como chefe de estado e se teve toda aquela pompa em torno dele. Coisa impensada alguns anos atrás.

China era vista como país comunista e que nem poderia comercializar com a região. Quem criava essa cortina e usava todos os meios para evitar essa presença eram os EUA. Hoje, depois da morte da Guerra Fria, não podem acusar a China de comunista ou sei lá mais o que.
É interessante pontuar que antes a imprensa seguia esse viés e apontava o dedo para o mal que seria o tal comunismo. Tudo interesse comercial dos EUA. Tirando intrusos daqui para serem hegemônicos e ganharem mais dinheiro ainda. O comércio era favorável a eles. Hoje a balança comercial dos negócios entre Brasil e China é muito mais favorável ao Brasil. Temos um considerável superávit comercial.
A coluna repete uma pergunta antes já feita: será que as pessoas do agro em Mato Grosso preferem essa China “comunista” para comércio ou os EUA e a sua democracia e capitalismo? A resposta parece óbvia: interesses comerciais falam mais alto.
Os chineses vão está cada dia mais presente. Outro dia numa entrevista a reitora da UFMT mostrou que ali se tem curso de chinês (mandarim). Antes, ali ou em outros lugares, era somente curso de inglês. Tudo virado para os EUA. Hoje não é mais assim. Ensina-se a língua de uma potência que tem e terá presença em nosso estado.
Tudo isso é resultado de coisa óbvia e que salta á vista: o tamanho da exportação de produtos de Mato Grosso para aquele país asiático. Carne, Soja, milho, algodão estão na pauta. Ali é o maior mercado para os produtos daqui. União Europeia compra pouco, também os EUA, a China é a salvação da lavoura.
Não importa a distância, língua difícil, partido único no país e controle da imprensa . Que façam o que sejam o melhor para eles, mas que mantenham mercado aberto aos produtos de MT, do Brasil e da América do Sul. O resto fica para a história.


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