Uma cobrança exorbitante de cerca de R$ 16.000,00 por suposta diferença de consumo de energia, levou o vereador Alexandre Vasconcellos a fazer uma série de questionamento junto à Empresa de Energia Elétrica no Mato Grosso do Sul (Energisa), bem como reforçar a necessidade de Corumbá integrar a CPI da Energisa na Assembleia Legislativa, e até mesmo entrar com um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara, para investigar práticas abusivas na cidade.
Além de apresentar dois requerimento relacionados à empresa, na sessão ordinária da Câmara Municipal de Vereadores na noite de ontem, terça-feira, 24 de agosto, Alexandre fez uso da palavra livre e relatou fatos ocorridos na cidade, causando transtornos a consumidores corumbaenses.
“A Energisa vem fazendo uso de práticas que ferem o direito do consumidor. Em um espaço de 15 dias, recebi reclamações de consumidores sobre a emissão de faturas de energia emitidas pela Energisa, com valores altíssimos, por suposta diferença de consumo. O segundo me procurou foi hoje (terça-feira), muito nervoso e me relatou toda a situação”, comentou.
Alexandre explicou que, nesses casos, a empresa tem ido nas residências dos consumidores realizar averiguação externa sem qualquer comunicação prévia ao morador e, ao terminar, somente entrega a notificação de multa. “Bateu na porta e entregou a notificação com uma multa altíssima, alegando irregularidades no medidor” Porém, a responsabilidade de manter o relógio medidor funcionando adequadamente, é da Energisa”, ressaltou.
Lembrou ainda que, caso o consumidor esteja cometendo um crime, furtando energia, a empresa deve ir até a polícia e agir de maneira correta e não simplesmente emitir fatura por suposta diferença de consumo. “É o caso de hoje, o segundo em um espaço de 15 dias”, lamentou.
COBRANÇA
Por isso mesmo, na sessão de ontem, Alexandre apresentou requerimento endereçado ao diretor-presidente da Energisa, Marcelo Vinhares Monteiro, questionando a quantidade de multas aplicadas por supostas irregularidades nos medidores de energia de consumidores; quantas diferenças de consumo por supostas inconsistências nos medidores no período de janeiro de 2020 até a presente data, o total de notificações referentes às multas e diferenças de consumo, e quantos recursos foram interpostos pelos consumidores e quantos tiveram seu recurso provido.
Ao mesmo tempo, pediu ao diretor da Agência Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, Vital Gonçalves Miguéis, a abertura de Processo Administrativo contra a Energisa, para apuração dos abusos que estão sendo praticados em cobranças de multas de supostas irregularidades nos medidores de energia de consumidores corumbaenses.
“Espero que a empresa respeite esta Casa de Leis e envie toda a documentação solicitada”, cobrou, lembrando o fato de, na semana passada, ter solicitado à Comissão da CPI da Energisa na Assembleia, a inclusão de Corumbá no processo, estudando ainda a possibilidade de, como presidente da Comissão de Defesa do Consumidor desta Casa de Leis, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o serviço prestado pela Energisa na cidade”, completou.