PM faz bo contra vereador que teria fugido para não se apresentar em delegacia

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A Polícia Militar fez um boletim de ocorrência contra o vereador Rudimar Rodrigues (DEM), conhecido como Gordinho da Pax, em Porto Murtinho, cidade a 440 quilômetros de Campo Grande, por desrespeitar decreto municipal e estadual de toque de recolher, devido a pandemia do coronavírus, na noite desta quinta-feira (21).

Consta no boletim de ocorrência que a PM realizava policiamento junto com agentes de vigilância sanitária e de segurança terceirizados do município para cumprimento do toque de recolher que se inicia a partir das 22 horas.

Ainda segundo o registro, por volta das 22h50, no segundo andar de um posto de gasolina na Rua Pedro Celestino, onde há um restaurante – lanchonete, todos os presentes foram orientados a irem embora, devido ao decreto.

De acordo com a polícia, no momento em que ia embora do local em seu veículo, o vereador teria zombado do serviço da PM e sobre as orientações de combate ao covid-19. Ao sair do local, ainda segundo a polícia, ele também teria feito chacota com um dos policiais do local.

A Polícia Militar então foi atrás do vereador, consta no boletim. Rudimar foi abordado em sua caminhonete quando estava a caminho de casa.  Ainda segundo a polícia, o legislador desceu alterado do veículo.

Ainda segundo o registro, Rudimar disse que era vereador e que não podia passar por tal situação e disse “quer me prender me prende, pois vou ligar para o prefeito e minha advogada”. A PM então informou que ele estava infringindo decreto de toque de recolher e que seria conduzido à delegacia.

O vereador, ainda segundo a polícia, teria se negado a sair do local até a chegada da advogada. Ainda de acordo com a polícia, por se tratar de pessoa pública, ele então foi orientado a seguir a viatura em seu veículo próprio até a delegacia, porém ele não compareceu no distrito.

O vereador Rudimar disse à reportagem que admite que estava errado devido ao horário do toque de recolher, não desacatou ninguém e que não concordou com o fato de ir para a delegacia sem a presença da advogada. O vereador também diz que a polícia se excedeu durante a abordagem. “Mandaram eu descer com a mão na cabeça e abrir minhas pernas. Se eu desacatei alguém, por que não me abordaram na primeira vez (restaurante). ”

“Pegaram os meus documentos e foram para a delegacia e eu fui para minha casa”. O vereador fala que em nenhum momento concordou que iria seguir a viatura da polícia em direção à delegacia.

O vereador também relata que não ofendeu nenhum um funcionário da vigilância e pede desculpas caso alguém se sentiu ofendido, já que não era sua intenção. “Falaram que eu desacatei os agentes, é mentira, tem funcionários da prefeitura, eu sou da bancada do prefeito”.

Rudimar fala que foi à delegacia na manhã desta sexta-feira (22) pegar seus documentos e apresentar sua versão ao delegado. Ele diz que voltará a delegacia para depoimento e cada um irá dar sua versão. A respeito da pandemia, o vereador falou que é a favor do decreto e que inclusive foi contaminado pelo coronavírus e perdeu familiares em decorrência da doença.

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