Grupo que tentava extorquir Puccinelli em R$ 1 milhão quer rever condenação

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Em agosto de 2020, Diogo Rios Sirqueira, 26 anos, Fabio Alves da Silva, 41 anos e Celso Costa, de 44 anos, foram condenados pelo crime de extorsão. O crime foi cometido em 2019 e os alvos eram o ex-governador André Puccinelli (MDB) e família. Após a sentença, o trio tenta revisar a pena.

A sentença foi dada pela juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, em 7 de agosto de 2020. Celso, apontado como o ‘cabeça’ do grupo criminoso, foi condenado a 80 anos de reclusão, em regime inicial fechado. Já Fabio foi condenado a 7 anos, também em regime fechado, e Diogo a 6 anos e 8 meses, inicialmente em regime semiaberto.

Agora, as defesas de Diogo e Fabio entraram com apelação para readequar a pena-base aplicada. Já a defesa de Celso demonstrou intenção de apresentar as razões de apelação em instância superior. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) se manifestou no final de 2020 pelo não provimento dos recursos. É aguardada decisão.

Tentativa de extorsão milionária

O caso foi investigado pela Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), com a então delegada titular Ana Cláudia Medina. Na época, a polícia identificou que o grupo criminoso agia de dentro de unidades prisionais da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

Celso seria o mentor do crime e teria oferecido R$ 300 mil a Fabio e R$ 200 mil a Diogo caso tivessem sucesso no plano. A princípio, ele teria um dossiê com informações sobre o ex-governador, do período em que foi prefeito de Campo Grande, entre 1997 e 2004. Inicialmente o grupo tentou vender as informações.

Como o plano foi frustrado, eles passaram a tentar extorquir a família Puccinelli, sob graves ameaças, alegando ainda que o dossiê viria a público, causando prejuízos sociais e políticos. Um dos acusados ligou várias vezes para as vítimas, que não chegaram a pagar qualquer valor. Eles exigiam pelo menos R$ 1 milhão.

O caso acabou descoberto e os envolvidos presos. Uma mulher também foi apontada como coautora no crime, mas acabou absolvida.

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