Em 12 de abril de 1997, Clarinda Prado de Oliveira, 41 anos, foi morta a facadas na região das Moreninhas, em Campo Grande. Passados 23 anos, o então namorado da vítima Darci Landim, agora com 57 anos, teve julgamento agendado, mas tenta adiar a data.
O pedido foi feito pelo advogado de Darci, Alexandre Santos Correia, de Chapecó (SC). A justificativa é de que o advogado já tem audiência agendada naquele Estado no dia seguinte, dia 4, mas quer participar do julgamento do réu. Com isso, solicitou o adiamento para que possa comparecer.
A manifestação será apreciada pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, que até o momento solicitou que o advogado comprove ser defensor do réu.
Entenda o caso
No dia 13 de abril de 1997 de manhã, o corpo de Clarinda foi encontrado. Ela estava seminua e tinha várias facadas pelo corpo. No dia seguinte, o filho fez o reconhecimento da vítima, então identificada. Logo após o início das investigações do caso, o namorado e principal suspeito desapareceu. Familiares relatavam que Clarinda queria terminar o namoro, mas Darci não aceitava e ameaçava matar a vítima caso eles rompessem.
A polícia concluiu o inquérito, apontando Darci Landim como autor do crime, na época tratado como homicídio doloso, já que o crime de feminicídio só foi instaurado em 2015. O autor permaneceu foragido e o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu a suspensão do processo em 2000.
Foi em 2015 que o processo foi reaberto e só em junho de 2019 Darci foi localizado e preso, em Santa Catarina. Já em agosto de 2019 ele conseguiu habeas corpus e aguarda o julgamento em liberdade. Em dezembro de 2019, o juiz Aluízio Pereira, da 2ª Vara do Tribunal do Júri decidiu que Darci irá a júri popular.
O acusado responde pelo crime de homicídio, qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.