Em reunião extraordinária nesta segunda-feira (30), a Aneel decidiu que será cobrada a bandeira vermelha patamar 2. Com isso, a cobrança extra será de R$ 6,24 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A Energisa, empresa concessionária de energia em Mato Grosso do Sul, alertou que o consumidor precisa redobrar a atenção no uso de energia elétrica com a reativação da sistemática de acionamento das bandeiras tarifárias, determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em reunião extraordinária nesta segunda-feira (30), a Aneel decidiu que será cobrada a bandeira vermelha patamar 2, cujo valor é o maior no sistema de bandeiras da agência (veja na imagem mais abaixo).
Com isso, a cobrança extra será de R$ 6,24 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Em 26 maio, a Aneel havia anunciado que não haveria cobrança extra na conta de luz até 31 de dezembro deste ano, em razão da pandemia do novo coronavírus.
Na reunião desta segunda-feira, contudo, a agência decidiu revogar a decisão e aplicar a bandeira vermelha patamar 2. A medida vale a partir desta terça-feira (1º).
Segundo a concessionaria que atende Mato Grosso do Sul, o consumidor deve ficar atento ao uso da energia “especialmente porque as temperaturas seguem elevadas e os equipamentos como refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado naturalmente já consomem mais energia nesse período”.
A empresa lembrou ainda que a mudança na bandeira incide também nos impostos estaduais e federais.
Concen
A presidente do Conselho dos Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS, Rosimeire Costa, explicou que a decisão da Aneel foi motivada pela queda no nível de armazenamento dos reservatórios de hidrelétricas, mas, que pega o consumidor de surpresa em momento delicado.
“Havia um compromisso público firmado pela Aneel de manter a bandeira verde, ou seja, sem acréscimos, até 31 de dezembro e com base nisso o consumidor planejou seu orçamento familiar, as empresas planejaram seus custos. Não houve uma sinalização ao consumidor de que o cenário mudou e que seria necessária a retomada das bandeiras, por isso, repudiamos a forma como foi a decisão foi adotada”, diz Rosimeire.
Ela destaca que a adoção da bandeira vermelha em patamar 2 é uma sinalização dos custos da energia elétrica e que este mecanismo é adotado para evitar uma explosão na conta no momento do reajuste da energia elétrica, quando já vem com a inflação aplicada. “Isso porque quando os reservatórios estão com níveis baixos é preciso despachar as termelétricas que têm energia mais cara”.