Agentes cumpriram ao todo 11 mandados de busca e apreensão, entre eles estiveram na casa do filho do governador. Assessoria da corporação diz que dinheiro, em espécie, ainda está sendo contabilizado.
A Polícia Federal (PF) divulgou balanço da nova fase da operação Lama Asfáltica e disse que apreendeu um montante em dinheiro, que ainda está sendo contabilizado, nesta terça-feira (24).
No entanto, segundo a assessoria de imprensa da corporação, os agentes disseram que o valor é equivalente a R$ 500 mil. Os valores, em espécie, são: R$ 96.860, U$ 49.000, € 11.645 e £ 795.
Mais cedo, os policiais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão no âmbito da operação “Motor de Lama”, que é a 7ª fase da Operação Lama Asfáltica, em Campo Grande e Dourados, na região sul do estado.
Os agentes também estiveram na casa e o escritório do advogado Rodrigo de Souza e Silva, filho do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O advogado de Rodrigo, Gustavo Passareli, conversou com a reportagem da TV Morena e disse que somente vai se manifestar quando tiver acesso ao autos da investigação. O governador, no entanto, não é alvo da operação.
Além dos mandados de busca, os policiais ainda cumprem 4 medidas restritivas de liberdade e 4 mandados de sequestro e decretação de indisponibilidade de bens de investigados. A ação conjunta também conta com apoio da Receita Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) investigam fraudes em licitações para contratação de serviços de emissão de CNH, vistoria veicular e compras fantasmas.
A investigação ressalta que a nova fase decorre da “análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, cotejados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas”.
Além dos documentos, a ação conjunta também apura a utilização de contas bancárias de “testas de ferro” e a evasão de divisas, usando “dólar-cabo” para a remessa de valores. Neste sistema, os recursos são transferidos de forma eletrônica para o exterior, mediante uma rede de doleiros, sem observância das normas legais.
Ao todo, o prejuízo causado ultrapassa R$ 400 milhões, levando em consideração as fraudes e as propinas pagas a integrantes da organização criminosa, durante as 7 fases da operação.
Participam das ações 9 auditores-fiscais e 5 analistas-tributários da Receita Federal, mais de 46 policiais federais e servidores da Controladoria-Geral da União.
O nome da operação faz referência ao fato de as investigações concentrarem-se sobre os recursos públicos desviados em licitações relacionadas a vistorias em veículos automotores.