Com a proposta de despertar nas crianças e adolescentes a capacidade de identificar oportunidades, ter ideias e as transformar em algo de valor para o outro, seja no âmbito financeiro, cultural ou social, o programa Cidade Empreendedora possui como uma das vertentes o eixo Educação Empreendedora. As atividades voltadas para essa área tiveram início, neste mês, em 17 municípios de Mato Grosso do Sul que aderiram a iniciativa em 2021.
Para explicar como funciona a ação do programa no âmbito educacional, equipes do Sebrae/MS reuniram-se com representantes das Secretarias Municipais de Educação de Corumbá, Maracaju, Camapuã, Terenos, Novo Horizonte do Sul, Rio Brilhante, Sonora, Jaraguari, Rio Verde de Mato Grosso, Nova Andradina, Amambai, Inocência, Ribas do Rio Pardo, Porto Murtinho, Jardim, Paraíso das Águas e Chapadão do Sul.
Na maioria dos municípios, os encontros foram feitos de forma on-line para manter o distanciamento social em virtude da pandemia. Foi o caso de Corumbá. Já naqueles que optaram pelo diálogo presencial, a reunião foi restrita a poucos participantes e seguiu os protocolos de biossegurança, como o uso de máscaras e álcool em gel.
Durante as reuniões, foi apresentado às Secretarias pela equipe do Sebrae/MS, o projeto Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP). A metodologia oferecida pelo Cidade Empreendedora para as escolas municipais abrange os estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. De acordo com a gestora estadual do Programa Educação Empreendedora do Sebrae/MS, Priscila Veloso, o trabalho envolve a capacitação dos professores da rede pública para que o tema empreendedorismo passe a ser trabalhado com os alunos em sala de aula ou de forma virtual.
“Após termos acesso ao número de escolas, de professores e de alunos em cada município, vai ser organizada uma palestra voltada para os coordenadores e docentes com a proposta de despertar neles o interesse pela temática do empreendedorismo, a ideia é que eles se sintam motivados a passar esse conhecimento para o aluno. Depois disso, os consultores vão até as escolas identificar as particularidades de cada uma e elaborar um plano de trabalho para que, então, comece a capacitação. Neste ano, a formação vai ser feita de forma remota, por meio de um portal de Educação a Distância criado pelo Sebrae Nacional, e cada professor possui 30 dias para concluir o curso”, pontuou Priscila.
Por meio da capacitação, os professores vão ter acesso a nove cursos independentes que expõem formas de trabalhar o tema empreendedorismo com os estudantes de acordo com a faixa etária e do ano que estão cursando. Por exemplo, com a turma do 1º ano o tema proposto para a ideia de negócios é o “Mundo das ervas aromáticas”, quando os alunos são estimulados a cultivar hábitos mais saudáveis e, além disso, propõem-se o desenvolvimento de produtos a partir dessa matéria prima, como sachês perfumados.
Segundo Priscila, as metodologias possuem de 20 a 30 horas/aula e a orientação é que os temas sejam trabalhados com os alunos em 2 horas/aula por semana, com isso, a ação é concluída dentro de 4 meses. Como cada um dos cursos envolve a criação de produtos, a proposta é que no final do projeto seja feita uma feira com a participação de todos os estudantes e com o envolvimento da comunidade.
“Esse é o momento em que os alunos podem mostrar os produtos que desenvolveram e comercializá-los. E é importante ressaltar que, mesmo em um contexto em que o distanciamento social é necessário, a metodologia ainda sim pode ser executada. Ela pode ser adaptada às aulas remotas e, no caso da feira, há estratégias eficazes. No ano passado, por exemplo, houve uma escola que fez uma ação drive thru – antes eles divulgaram um cardápio com os produtos que iriam ser vendidos, as pessoas encomendaram e na data do evento passaram para retirar. A experiência foi bastante positiva”, ressaltou a gestora.
Além de despertar nos estudantes o interesse pelo empreendedorismo, o projeto JEPP também trabalha outros temas associados, como o estímulo e cultivo de hábitos saudáveis, produção de alimentos e práticas sustentáveis. Outro ponto importante, de acordo com Priscila é que por meio do aprendizado das crianças e adolescentes, é possível sensibilizar as famílias. “O projeto consegue mobilizar a sociedade como um todo e, através dele, podemos fazer com que o município desenvolva uma cultura empreendedora o que vai ajudar no fortalecimento dos pequenos negócios e no crescimento da cidade”, enfatizou a gestora.
Mais informações sobre o Cidade Empreendedora podem ser obtidas por meio do telefone 0800 570 0800 ou pelo Whatsapp (67) 3389-530.
*** Texto da Assessoria de Impr