Um casal, sendo um homem de 31 anos e uma mulher de 28 anos, foram presos pouco tempo após furtarem dois supermercados de Três Lagoas, na região leste do estado. Segundo a polícia, eles levaram R$ 725 em peças de picanha, além de refrigerantes, produtos de higiene pessoal e um chinelo que inclusive o suspeito estava usando na ocasião do flagrante.
“Após os crimes, eles seguiram até uma borracharia, onde pediram autorização do dono para usarem o banheiro. Em seguida, trocaram de roupa e esconderam parte das peças de picanha em meio aos pneus. A intenção deles era despistar a investigação e, provavelmente, retornar depois para pegar o que ficou escondido ali”, afirmou ao G1 o delegado Orlando Vicente, responsável pelas investigações.
Conforme o delegado, a mulher está grávida e, assim como o companheiro, permaneceu em silêncio. No entanto, durante depoimento informal eles disseram que a mercadoria furtada era para “alimentar o vício”, já que seriam usuários droga. No entanto, a versão não convenceu a polícia, principalmente porque eles estavam com diversos produtos para higiene pessoal e também de alimentação.
No boletim de ocorrência, consta que o chefe de segurança de um dos mercados, localizado na avenida Clodoaldo Garcia, no bairro Santos Dumont, é que acionou a polícia. Ele flagrou o momento em que a mulher colocava pacotes na bolsa e saiu do supermercado sem pagar pelo produto. Em seguida, ele saiu e teria encontrado com um homem na porta do estabelecimento, seguindo rumo ao Centro da cidade.
Os investigadores então passaram a fazer buscas e acharam a suspeito. Ela estava com uma sacola com duas peças de picanha e uma garrafa de refrigerante, porém, os policiais perceberam que ela estava com uma roupa diferente do que foi informado pelo chefe de segurança.
Na sequência, o dono da borracharia presenciou a abordagem e disse que o casal pediu para usar o banheiro da borracharia. É neste momento que eles constataram que houve a troca de roupa e os policiais apreenderam sacola com mais cinco pacotes de picanha. Eles então confessaram e foram levados para delegacia.
“O homem, de início, quis colocar a culpa somente na mulher, dizendo que estava do lado de fora do supermercado. Depois, permaneceram em silêncio e disseram que falariam somente em juízo. O homem já possui antecedentes por furto. Já a mulher não tinha antecedentes e agora vão responder por furto qualificado”, explicou Vicente.
A pena para o crime varia de 1 a 5 anos de reclusão, além da multa.