Polícia diz que já vinha investigando suspeito após dezenas de boletins de ocorrência, quando o gerente de uma fazenda encontrou com ele no caminho para a sede e desconfiou do crime em MS.
Um homem de 44 anos foi preso ao ser flagrado desossando um touro na casa dele, na noite dessa quinta-feira (8), em Ribas do Rio Pardo, a 97 km de Campo Grande. Segundo a polícia, ele foi preso da mesma forma no ano de 2008 e era “famoso” por cometer este crime na região.
“Ele foi preso em flagrante no ano de 2008 e a condenação transitou em julgado e se encerrou em 2018. Na época, foi decretada a prisão preventiva dele. Nós estávamos novamente o investigando, após dezenas de boletins de ocorrência pelo crime de abigeato, no qual tínhamos forte suspeita de ser ele novamente”, afirmou ao G1 o delegado Bruno Santacatharina, responsável pelas investigações.
Ao investigar os fatos, o delegado diz que várias pessoas na cidade comentavam sobre o suspeito. No entanto, não havia provas da reincidência no crime. “Foi aí que o gerente de uma fazenda, que fica a 7 km da cidade, estava retornando para a sede. Ele cruzou com o autor no sentido contrário, percebendo que a caminhonete estava bem baixa e poderia estar carregada de carne”, contou.
Perícia fez comparações e apontou que caminhonete é a mesma que foi na fazenda de vítima — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Já na fazenda, ele notou a falta de animais e viu os rastros de caminhonete, acionando a Polícia Civil. “Nós fomos até a casa dele e escalamos o muro, momento em flagramos ele desossando um touro. Ele foi confrontado e confessou o crime, porém, sem dar muito detalhes. Em seguida, nos levou até o lixão, onde encontramos carcaças de animais, marcados com as mesmas iniciais do touro”, explicou o delegado.
Ainda conforme a polícia, a perícia criminal também fez comparações e apontou que a roda da caminhonete do suspeito era a mesma que passou pela fazenda de uma das vítimas. O veículo foi encaminhado para a delegacia do município.
Já o suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de abigeato. A pena varia de 8 a 10 anos de reclusão.