Além de assédios, polícia também investiga médico por injúria racial e gordofobia: ‘Vai explodir de gorda’

Publicado em

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on pinterest
Pinterest

Delegada de MS diz que 2 novas vítimas apareceram menos de 24h após conclusão do inquérito. Médica também confirmou que ele “fazia comentários sobre pacientes”.

A Polícia Civil instaurou dois novos inquéritos contra o médico ginecologista, de 67 anos,suspeito de assédio e importunação sexual contra pacientes e colegas de trabalho.Segundo a delegada Maíra Pacheco, responsável pelas investigação, os novos depoimentos de vítimas revelam que, além dos crimes sexuais, ele também teria cometido injúria racial e gordofobia.

“Nós fomos procurados por uma vítima, na manhã seguinte à entrevista para imprensa,menos de 24 horas depois de divulgarmos a conclusão do inquérito e o indiciamento dele. Ela viu as reportagens e, em seguida, veio até a delegacia. No caso dela, o médico a teria ofendido de outras formas, dizendo que ela ia explodir de gorda daquele jeito e que problema de útero seria um problema de preto, entre outras ofensas”, afirmou ao a delegada.

Segundo Pacheco, no momento do exame ginecológico, a vítima disse que o médico também a teria proferido palavras de baixo calão. “Os detalhes deste momento estão no teor do inquérito. Assim como a outra médica que veio fazer a denúncia. Na época, ela fazia residência e ele teria feito diversas provocações, dizendo que era um absurdo uma mulher bonita como ela ter um marido só”, explicou.

Ainda conforme o depoimento da médica, cujo relato é semelhante a outra médica que denunciou o profissional, o assédio era tanto sexual como moral “Essa médica que veio por último também confirmou que ele realmente fazia esses comentários das pacientes,principalmente no momento em que elas estavam anestesiadas e ele então falava do forma física delas”, disse.

Recentemente, ao concluir o inquérito, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) sugeriu o afastamento do profissional das suas atividades. “Nós oficiamos o CRM-MS [Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul], não só falando como sugerindo a suspensão dele das atividades como médico. Até o momento, não é o que ocorreu, pois, ele continua atuando não só nos hospitais como no consultório particular dele”, comentou.

Além disso, a polícia também possui informações de uma paciente, que procurou a administração de um hospital, o qual ela relatou os fatos e ouviu que o médico já “apresentava esse tipo de problema”.

Para os próximos dias, a polícia pretende intimar novas testemunhas e fazer diligências, de acordo com a delegada.questionado sobre os crimes,o médico ficou calado e disse que somente falará em juízo

No entanto, o advogado de defesa, Abadio Marques de Rezende, disse que o profissional “está tranquilo” e vai apresentar a versão somente perante o poder judiciário. O advogado ainda disse que Salvador Arruda foi intimado para depoimento, porém, como não sabia nada dos autos, realmente preferiu ficar em silêncio e optou por aguardar a conclusão do inquérito.

Mais Artigos