Aulas presenciais na rede estadual de ensino de MS não vão voltar até que ciência aponte segurança

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O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), anunciou na manhã desta terça-feira (9) que as aulas da rede estadual de ensino não voltarão a ser presenciais no estado até que as equipes técnicas das áreas de saúde e ciência apontem que existe biossegurança em relação a Covid-19.

Azambuja aponta que pautou sua decisão em parecer do Centro de Operações de Emergências (COE), que indicou um aumento exponencial do número de óbitos provocados pela doença e crescimento de na média móvel de casos.

O governador disse que o COE ainda apontou outros elementos que demonstraram o agravamento da situação, como o uso da totalidade dos leitos de terapia intensiva (UTI) públicos para Covid nas macrorregiões de Campo Grande e Dourados, além da nova variante do coronavírus, a P1, que provoca uma contaminação maior do vírus, já ter sido detectada no estado.

“Isso fez com que o COE nos recomendasse que não voltássemos as aulas presenciais. Recebi esse documento, analisamos juntamente com a equipe e decidimos que é mais prudente manter as aulas remotas”.

Azambuja disse que o governo já tinha se preparado para voltar com as aulas presenciais, com a entrega de equipamentos de proteção individual e materiais, mas que neste momento vai manter as aulas remotas. “A partir de amanhã, aulas remotas”, afirmou, completando que somente autorizará o retorno quando a “ciência e a saúde” apontarem que existe segurança.

Em relação a outras medidas restritivas para conter o avanço da pandemia, o governador disse que está discutindo com a área da saúde e que essas ações serão anunciadas conjuntamente com outros estados. Que está sendo formatado um documento, mas antecipou que enquanto não houver vacina para a maior parte da população, a prevenção é o melhor remédio.

Ano letivo

No dia 1° de março o estado iniciou o ano letivo. Inicialmente de forma remota e com uma semana de acolhimento para os alunos. Entretanto, antes do anuncio do governador, a secretaria estadual de Educação (SED) se preparava para implementar o sistema híbrido – com aulas presenciais, mas com restrições de lotação nas salas e revezamento nas escolas em abril.

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