Investigação apura uso de aeronave em queda de aeronave

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A aeronave que caiu, deixou quatro mortos em Auqidauana (Pantanal),não tinha autorização para oferecer serviços de táxi-aéreo, segundo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Ou seja, o avião não poderia ser usado para fins comerciais. No entanto, o transporte dos tripulantes da aeronave seria pago, segundo a Olé Produções, responsável pelo documentário que estava sendo gravado na região.

Perderam a vida na queda o piloto Marcelo Pereira de Barros, de 59 anos; o arquiteto chinês, mundialmente conhecido, Kongjian Yu, de 62 anos; e os cineastas Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, de 42 anos, e Rubens Crispim Jr., de 51. Luiz Fernando era sócio e documentarista da produtora.

“Ele [o avião] estava a serviço do transporte daquelas pessoas que iam fazer as filmagens. Eu precisaria confirmar se quem ia pagar por esse serviço era o professor ou a própria empresa”, disse nesta quarta-feira (24) ao g1 de São Paulo, Thomas Miguez, produtor executivo da Olé.
No entanto, conforme a ANAC, o Cessna Aircraft envolvido no acidente não estava habilitado para realizar transporte comercial remunerado de passageiros ou cargas. Na prática, o avião só poderia ser usado pelo proprietário, e apenas durante o dia.
Em 2019, a aeronave chegou a ser apreendida pela Polícia Civil durante uma operação contra táxi-aéreo clandestino. O avião foi devolvido a Marcelo, dono da aeronave, por decisão judicial, posteriormente reformado e, somente em fevereiro de 2025, foi regularizado e liberado para voos particulares.
Equipes do DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) permanecem na região onde ocorreu a queda, realizando diligências preliminares e aguardando equipes do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que irão apurar as causas e eventuais responsabilidades pela queda da aeronave.
A Olé e uma empresa chinesa estavam produzindo um filme que tinha o título provisório de Planeta Esponja, com o arquiteto Kongjian Yu. Ele é um dos mais renomados arquitetos do mundo e criador do conceito de “cidades esponjas”, projetadas para absorver grandes volumes de água dos rios e das chuvas, prevenindo desastres ambientais.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu no momento do pouso na Fazenda Barra Mansa, no início da noite de terça-feira, por volta das 18h30.
Os peritos já realizaram os exames de necropsia nos corpos do piloto e dos dois cineastas. Apenas o corpo do arquiteto chinês, Kongjian Yu, ainda não foi periciado. Por conta de uma tradição cultural da China, o procedimento só pode ser feito com a presença da família, que deverá vir ao Brasil.


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