Nesta quarta-feira (3), a Polícia Civil do Distrito Federal, em ação conjunta entre a 17ª DP e a DRCC, com apoio de policiais civis estaduais, deflagrou a Operação EBDOX, para desarticular uma organização criminosa especializada em golpes de falso investimento. A ação se desdobrou em Dourados. Uma das empresas ligadas ao esquema movimentou mais de R$ 1 bilhão no último ano.
Segundo as investigações, iniciadas em abril de 2024, diversas vítimas do Distrito Federal foram enganadas por um homem que se apresentava como doutor em economia pela USP e criava grupos no WhatsApp para dar supostas dicas de investimento. Ele indicava a plataforma EBDOX, prometendo altos retornos.
Ao tentarem resgatar os valores, as vítimas eram informadas de um bloqueio dos saques por uma suposta força-tarefa da Polícia Federal e precisavam pagar uma caução de 5%. Mesmo após o pagamento, os valores não foram liberados e a plataforma saiu do ar, causando prejuízos.
Uma das vítimas, residente em Taguatinga/DF, perdeu mais de R$ 220 mil, e mais de 400 reclamações foram registradas em sites de denúncia contra a falsa plataforma.
As apurações indicam que o grupo era liderado por cidadãos chineses residentes em São Paulo/SP, que recrutavam brasileiros para gerenciar os grupos de WhatsApp. Os colaboradores recebiam pagamentos em criptomoedas e eram monitorados rigidamente pelos líderes.
Os recursos eram lavados por meio da compra de criptomoedas, créditos de carbono e exportação de alimentos de Boa Vista/RR para a Venezuela.
Na operação desta quarta, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária em São Paulo/SP, Guarujá/SP, Boa Vista/RR, Curitiba/PR, Entre Rios/BA, além de Dourados. Também foram cumpridas medidas de sequestro de valores.
Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato (fraude eletrônica), organização criminosa e lavagem de capitais.









