Mato Grosso, com uma malha rodoviária de 5.910 quilômetros analisados, enfrenta desafios significativos na infraestrutura de suas estradas, é o que revela a Pesquisa CNT de Rodovias 2024. O estudo, realizado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), apontou que 1,0% das rodovias do estado (60 km) foram classificadas como péssimas e 30,2%, (1.783 km), como ruins.
A pesquisa mostra ainda que 2.874 km (48,7%), foram analisados como regulares, enquanto 17,0%, (1.007km), como boas e 3,1%, (186 km) como ótimas
O documento publicado na última terça-feira (19), não especifica diretamente os nomes das cidades com trechos críticos em Mato Grosso, mas menciona a necessidade de intervenções ao longo de diversas rodovias federais no estado.
Entre as principais mencionadas estão a BR-163, que é um dos trechos críticos devido à sua importância logística, especialmente para o escoamento de grãos; a BR-364, com importância no transporte de cargas e conexão com outras regiões; e a BR-070.
Principais problemas
Conforme a pesquisa, os principais problemas enfrentados nas rodovias de Mato Grosso envolvem a qualidade do pavimento e as classificações de conservação:
• Condições gerais das rodovias:
◦ Ótimo: 20,2%.
◦ Bom: 7,1%.
◦ Regular: 36,8%.
◦ Ruim: 22,0%.
◦ Péssimo: 13,9%.
• Pavimento em estado crítico:
◦ 822 quilômetros estão em condições críticas.
◦ 1.298 quilômetros necessitam de intervenções para evitar o agravamento da deterioração.
◦ 2.177 quilômetros estão em condições regulares.
Sobre a Classificação da Sinalização:
• Condições gerais das rodovias:
◦ Ótimo: 4,3%.
◦ Bom: 25,8%.
◦ Regular: 53,8%.
◦ Ruim: 13,1%.
◦ Péssimo: 3,0%.
Impactos no transporte e economia
O transporte rodoviário tem um papel de destaque na matriz de transporte nacional, tanto no segmento de passageiros quanto de cargas. Isso porque este modo é responsável por movimentar 95% dos passageiros e 65% das cargas no país.
Com uma economia que depende em grande escala do transporte rodoviário, especialmente para o escoamento da produção agrícola, Mato Grosso sente os efeitos da precariedade das rodovias. Custos com manutenção de veículos, combustível e tempo de viagem aumentam, comprometendo a competitividade dos produtos no mercado nacional e internacional.
Além disso, rodovias em más condições elevam o risco de acidentes e dificultam a circulação de mercadorias e passageiros, prejudicando o desenvolvimento regional.