Após 12 dias, desembargadores suspeitos de vender sentenças

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Após 12 dias da deflagração da operação “Último Ratio”,que investiga um suposto esquema de venda de sentenças no tribunal de justiça da Mato Grosso do Sul os cinco desembargadores, afastados no dia da operação, colocaram tornozeleira eletrônica. A informação foi confirmada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
Magistrados Mato Grosso Sul (Amamsul), com os gabinetes dos desembargadores e com a assessoria do TJ-MS por telefone, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no dia 24 de outubro. Dois dias depois, o processo subiu para o supremo tribunal, sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin.

A Agepen, que é responsável por instalar as tornozeleiras, confirmou que os equipamentos eletrônicos foram instalados na noite desta terça-feira (5), durante o plantão da equipe, nos seguintes magistrados:

  • Sérgio Fernandes Martins, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul;
  • Sideni Soncini Pimentel, presidente do TJ eleito para 2025 e 2026;
  • Vladimir Abreu da Silva, vice-presidente eleito também para os próximos dois anos;
  • Alexandre Bastos, desembargador;
  • Marcos José de Brito Rodrigues, desembargador.

Essa é uma das medidas cautelares impostas pelo STF. A decisão também proíbe os magistrados de acessarem as dependências dos órgãos públicos e de se comunicarem com outras pessoas investigadas. Com o afastamento, o TJMS convocou juízes para substituir os desembargadores em uma direção administrativa provisória da Corte.

Ainda segundo a Agepen, o caso transcorre em sigilo de Justiça e por isso não há mais detalhes sobre o assunto.
Além dos magistrados, outros servidores do judiciário, um procurador de Justiça, empresários e advogados_alguns deles filhos de desembargadores são investigados por lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.

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